Carreira

8 atividades da faculdade que podem alavancar a carreira

Confira diferentes formas de ir além da sala de aula de faculdade e garantir diferenciais competitivos de carreira, segundo duas especialistas

Universidade: a própria faculdade oferece uma série de possibilidades sob o tripé: ensino, pesquisa e extensão, diz especialista (Getty Images)

Universidade: a própria faculdade oferece uma série de possibilidades sob o tripé: ensino, pesquisa e extensão, diz especialista (Getty Images)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 06h00.

São Paulo – Aproveitar as oportunidades complementares ao ensino que a faculdade oferece rende bons frutos para quem está no começo de carreira.

“Vejo isso nas dinâmicas de grupo, o candidato que salta aos olhos dos gestores por ter tido atividades eu iam além da sala de aula”, diz Luiza Lopes, analista de RH da People on Time Consultoria. 

A especialista lembra que, muitas vezes, o aluno não precisa ir muito longe para ganhar um diferencial competitivo. “A própria universidade oferece uma série de possibilidades sob o tripé: ensino, pesquisa e extensão”, diz.

Confira então as atividades sugeridas pelos especialistas aos universitários, o que elas podem agregar de valor ao currículo:

1 Empresa júnior

Esta é a primeira sugestão dada por Manoela Costa, gerente da Page Talent. “A participação em empresa júnior demonstra o interesse do jovem no mercado e é uma chance de aplicar na prática o que ele aprendeu”, diz ela. 

Trabalho em equipe, foco no resultado e disciplina são algumas das competências desenvolvidas, segundo as especialistas. “Eu fiz parte de empresa júnior, na época de faculdade, e é uma maneira também de o jovem contribuir com a comunidade, já que os serviços geralmente têm preços mais baixos”, diz Luiza, da People On Time.

Outra vantagem, diz Manoela, é que as empresas juniores oferecem ao universitário um primeiro contato com um ambiente similar àqueles do mundo corporativo. “Ele já vai entendendo um pouco como é esse ambiente”, diz.

2 Voluntariado

A motivação para uma causa social também é vista com bons olhos pelas especialistas. “O jovem aprende a trabalhar em equipe, a ser comprometido e disciplinado”, diz Manoela. 

Na opinião, de Luiza Lopes, mesmo que não haja ligação com formação acadêmica o voluntariado é extremamente enriquecedor. “Deixa jovens mais preparados para a vida adulta”, diz.


3 Intercâmbio Cultural

Quem pretende conquistar uma vaga de trainee sabe que o intercâmbio é a menina dos olhos dos recrutadores. Alguns programas avisam durante a inscrição que vivência internacional é sim um diferencial importante. “Conhecer diferentes culturas contribui para a formação universitária”, diz Luiza.

De acordo com ela, programas como o Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, são ainda mais vantajosos. “Agrega valor com a possibilidade de pesquisa em tecnologia e ciência e possibilita ao jovem trazer esse conhecimento adquirido ao seu país de origem”, explica.

E Manoela avisa, não é preciso ter uma conta bancária polpuda ou patrocínio dos pais para se aventurar nesta empreitada. “Não é só para quem tem dinheiro, tem outras formas aliadas a experiências de trabalho, por exemplo, que mostram que é possível fazer intercâmbio”, diz Manoela.

4 Estudo de idiomas

“Mesmo que não exista a menor possibilidade de fazer um intercâmbio, existem muitas formas de aprender inglês e outras línguas”, lembra Manoela. Muitas universidades até oferecem cursos extracurriculares de idiomas. Além disso, há plataformas virtuais de acesso gratuito, indica a especialista. “O jovem deve sempre buscar o aprendizado”, diz.

5 Iniciação Científica e grupos de pesquisa

São ótimos complementos para a formação acadêmica e podem encurtar o caminho até uma pós-graduação stricto sensu. É certo que esta é uma oportunidade mais enriquecedora para aqueles jovens mais inclinados à pesquisa, mas os ganhos não são restritos apenas a quem já sabe que vai seguir carreira acadêmica. Afinal aprender a pesquisar é algo que ajuda qualquer profissional interessado no seu próprio desenvolvimento.

“Quando eu estudava, a faculdade era em período integral e a única coisa que eu conseguia fazer é participar de um grupo de pesquisa. A minha opinião é que é uma boa oportunidade mesmo para quem não vai trabalhar com pesquisa, como foi meu caso”, diz Manoela.


6 Monitoria

É um projeto interessante para estreitar as relações com professores. Lembre-se de que eles são os seus primeiros mentores de carreira. Além, há a possiblidade até que conseguir uma bolsa de estudos por conta da monitoria, destaca Luiza, da People on Time.

7 Centro acadêmico/ atlética e outros grupos universitários

Ao iniciar a trajetória profissional, o universitário vai perceber a importância do networking para a carreira. E os centros acadêmicos, atléticas e outros grupos universitários trazem ótimas oportunidades para o universitário ampliar a sua rede de contatos conhecendo pessoas com interesses em comum.

“Muitas vezes esses grupos proporcionam contatos também com jovens de outras faculdades”, lembra Luiza. “A nossa indicação é que o jovem mantenha contato com seus colegas”, diz Manoela.

8 Estágio

Reunir estágios no currículo durante a época de faculdade abre portas para contratações efetivas de recém-formados, além de render uma fonte de renda na maior parte das vezes. E é também uma forma de conhecer diferentes áreas de trabalho de uma carreira, o que vai ser importante na hora de decidir os rumos profissionais depois de formado. “É interessante o universitário já começar a olhar para isso”, diz Manoela.

Alguns cursos integrais não permitem que o jovem inclua estágios na sua rotina, mas de acordo com Manoela, sempre é possível encontrar maneiras de começar aliar o trabalho ao estudo. “Ás vezes, o jovem pode ajudar os pais no negócio familiar nas horas vagas e já é uma forma de ir se envolvendo no ambiente profissional”, diz. 

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