São Paulo - Inteligência emocional é uma competência preciosa, porém rara - sobretudo no caso dos chefes.
A quantidade de profissionais insatisfeitos com o comportamento de seus líderes é preocupante, afirma João Marcelo Furlan, CEO da consultoria Enora Leaders.
A queixa é tão comum quanto difícil de resolver. “Justamente por não gerir bem suas emoções, o gestor fica irritado com feedbacks negativos e dificilmente muda sua atitude”, explica.
O resultado, continua Furlan, é que problemas de relacionamento com o superior muitas vezes levam a pedidos de demissão.
Não que a falta de inteligência emocional seja uma falha grave apenas para chefes. Segundo o coach Sérgio Gomes, sócio da consultoria Ockham, a competência faz falta em qualquer nível hierárquico - ainda mais com a tensão trazida pela crise econômica no Brasil.
Ainda assim, é evidente que cargos de liderança exigem um preparo ainda maior quando o assunto são as emoções. Afinal, tomar decisões sob pressão, administrar o trabalho alheio e investir em relacionamentos estratégicos são tarefas cotidianas para um líder.
A deficiência também é mais grave no caso de um chefe porque seu comportamento pode afetar a vida de outras pessoas. “Além de prejudicar o próprio líder, esse problema pode arruinar a carreira dos liderados”, explica Gomes.
Mas como identificar um gestor com pouco domínio do que sente? A seguir, veja alguns sinais típicos de chefes que se enquadram nesse perfil:
1. Não percebe quando é inconveniente
Seu chefe diz algo grosseiro e não nota quando a equipe começa a se entreolhar, constrangida? É provável que ele tenha pouca autopercepção - um dos pilares da inteligência emocional segundo Furlan. Além de não entender o significado de suas próprias palavras e atitudes, ele também tem dificuldade de enxergar as emoções que provoca nos outros.
2. É centralizador e individualista
A dificuldade para trabalhar em equipe é outra característica típica de gestores com esse perfil. A deficiência, aqui, está na gestão de relacionamentos. “A pessoa não divide a responsabilidade com os subordinados e quer todos os méritos para si mesma”, diz Furlan. “Se tivesse inteligência emocional, saberia que vitórias coletivas são fundamentais para a criação de vínculo entre as pessoas”.
3. Não se adapta a perfis diferentes
Por ser pouco empático, o líder com baixo grau de inteligência emocional costuma enxergar sua equipe como uma massa indiferenciada de pessoas. Por isso, ele não adapta sua linguagem ou tom de voz à personalidade de cada indivíduo. “Tanto faz se você é introvertido ou extrovertido, superficial ou detalhista, ele tem um único jeito de se comunicar com todo mundo”, afirma Furlan.
4. "Explode” facilmente
Quando surge um problema, o seu gestor se destempera no tom de voz, nos gestos e na linguagem corporal? Se ele perde a paciência com frequência, há algo de errado. Segundo Furlan, gritar com os outros no trabalho nunca é normal, independentemente da cultura da empresa. “Além de agir com agressividade, ele não tem o foco na solução, mas sim na caça pelos supostos culpados pelo erro”, completa Gomes.
5. Não lida bem com feedback
Outro sinal é a dificuldade para aceitar críticas. Além de reagir mal, a pessoa não pensa a respeito do feedback - e muito menos altera seu comportamento por causa dele. De acordo com Gomes, a falta de autoconhecimento está na raiz do problema: o chefe não aceita que apontem os seus defeitos porque, intimamente, não os enxerga.
6. Muda de humor drasticamente
Profissionais dominados pelas suas próprias emoções costumam mostrar oscilações drásticas de comportamento ao longo do expediente. ”É o caso do gestor que chega radiante ao escritório pela manhã, até que um imprevisto de repente azeda o seu humor para o resto do dia”, diz Gomes. “Ele não consegue administrar a emoção e voltar ao seu normal depois”.
7. Não cumpre com a palavra
Em situações de pressão, líderes com pouca inteligência emocional podem recorrer a uma solução fácil: distribuir promessas. “Ele cede ao impulso de dizer que tomará uma providência para se livrar logo do conflito, mas acaba falhando com o compromisso depois”, explica Furlan. “O problema é que ele não é transparente o suficiente para admitir que não tinha recursos para cumprir o combinado”.
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1. Eles são terríveis...
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1/17 (Divulgação/Facebook/The Simpsons)
São Paulo - Você conhece algum Sr. Burns na vida real? De
chefes insanos, manipuladores e egocêntricos, nem a ficção está livre. Clique nas fotos para ver patrões que promovem o caos em
filmes,
séries e animações - e comemore o fato de que você não trabalha para nenhum deles.
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2. Gregory House, de "House"
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Inspirado em Sherlock Holmes, o personagem Gregory House (Hugh Laurie) é genial na resolução de enigmas sobre doenças. O problema é que ele também é um chefe narcisista, infantil, cínico, e grosseiro com seus funcionários. ("House", 2004-2012)
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3. Alonzo Harris, de "Dia de treinamento"
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3/17 (Reprodução)
Chefe do departamento de polícia de Los Angeles, Alonzo Harris (Denzel Washington) é um anti-exemplo para seu novo subordinado, Jake Hoyt (Ethan Hawk). Responsável pelo combate ao narcotráfico, Harris dá um treinamento de 24 horas ao novato, período em que revela seu caráter corrupto e manipulador. ("Training day", 2001)
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4. Miranda Priestly, de "O diabo veste Prada"
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4/17 (Divulgação/Facebook/The Devil Wears Prada)
Miranda Priestly (Meryl Streep) é a toda-poderosa editora de uma revista de moda em Nova York. Com sua personalidade implacável, ela cria constrangimentos e humilhações constantes para todos os seus subordinados, inclusive para Andy (Anne Hathaway), sua jovem e ingênua assistente. ("The devil wears Prada", 2006)
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5. Margaret Tate, de "A proposta"
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Sandra Bullock encarna Margaret Tate, uma executiva do mundo editorial que força seu assistente, Andrew Paxton, a se casar com ela. O motivo: a farsa evitará que ela seja deportada para o Canadá. Em troca do favor à geniosa chefe, Andrew exige uma promoção. ("The proposal", 2009)
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6. John Ammer, de "Click"
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John Ammer (David Hasselhoff) trata seu funcionário Michael Newman (Adam Sandler) de forma degradante. Quando Michael põe as mãos num controle mágico que permite controlar a realidade, o chefe é um dos primeiros a receber o troco por suas grosserias e abusos. ("Click", 2006)
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7. Sr. Burns, de "Os Simpsons"
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7/17 (Reprodução/Reprodução)
O famoso chefe de Homer Simpson é um homem que se orgulha de sua própria desonestidade. Proprietário da Usina Nuclear de Springfield, o Sr. Burns nunca perde a oportunidade de prejudicar e maltratar os outros. ("The Simpsons", 1989-presente)
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8. Dave Harken, de "Quero matar meu chefe"
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Dave Harken (Kevin Spacey) é um psicopata. Entre outras "brincadeiras", ele promete uma promoção a seu funcionário só para concedê-la a si mesmo no final. O que ele e outros chefes insuportáveis apresentados no filme não esperam é que seus subordinados tramam uma vingança. ("Horrible bosses", 2011)
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9. Buddy Ackerman, de "O preço da ambição"
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Buddy Ackerman (Kevin Spacey, novamente no papel de um patrão terrível) agride constantemente seu assistente Guy (Frank Whaley). "Você não é nada! Se você estivesse na minha privada, eu não me incomodaria em dar descarga em você", diz ele. Quando a crueldade do patrão começa a chegar a níveis insuportáveis, Guy decide reagir. ("Swimming with Sharks", 1994)
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10. John Milton, de "Advogado do diabo"
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10/17 (Reprodução/Reprodução)
Sem nunca ter perdido um caso na vida, o advogado Kevin Lomax (Keanu Reeves) aceita trabalhar para John Milton (Al Pacino), proprietário de um grande escritório em Nova York. Ao defender um cliente acusado de triplo assassinato, Kevin começa a ser sutilmente manipulado por seu estranho patrão. ("Devil's advocate", 1997)
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11. Gordon Gekko, de "Wall Street: Poder e Cobiça"
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11/17 (Reprodução)
Neste drama, Gordon Gekko (Michael Douglas) é o chefe de Bud Fox (Charlie Sheen), um jovem corretor disposto a tudo para ascender na carreira. Os problemas começam quando Bud percebe que está trabalhando para um homem inescrupuloso e desleal. ("Wall Street", 1987)
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12. Carter Pewterschmidt, de"Family Guy"
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Na série, Carter é um sádico magnata da indústria e proprietário de diversas empresas. Mestre na arte de dominar, manipular e distorcer, ele gosta de desprezar seus subordinados e seu genro, Peter Griffin, o protagonista da animação. ("Family Guy", 1999-presente)
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13. Michael Scott, de "The Office"
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13/17 (Divulgação)
Até a 7ª temporada da sitcom, Michael (Steve Carell) é o gerente regional da empresa Dunder Mifflin. Para evitar a punição por suas atitudes intempestivas, ele frequentemente usa seus subordinados como bodes expiatórios. ("The Office", 2005-2013)
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14. Andy Bernard, de "The Office"
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14/17 (Divulgação)
Andy (Ed Helms) é apresentado na 3ª temporada da série como o diretor regional de vendas da empresa. Inseguro e arrogante, ele frequentemente faz piadas às custas da equipe. ("The Office", 2005-2013)
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15. Bob Kelso, de Scrubs
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15/17 (Reprodução)
Diretor do hospital durante as primeiras sete temporadas da série, Kelso (Ken Jenkins) é conhecido por sua frieza diante de seus pacientes e subordinados. Famoso por declarar que se importar com os outros não faz parte das suas atribuições profissionais, sua preocupação central é o lucro do hospital. ("Scrubs", 2001-2010)
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16. Kristoffer, de "O grande chefe"
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16/17 (Reprodução)
Nesta comédia de Lars von Trier, o dono de uma empresa cria um presidente fictício para seus funcionários, que vive nos Estados Unidos e é o "responsável" por todas as decisões impopulares. Porém, quando decide vender seu negócio, o comprador exige conhecer o CEO. Em pânico, ele contrata o fracassado ator Kristoffer (Jens Albinus) para se passar pelo chefe. O que ele não previa é o comportamento errático e imprevisível do impostor. ("Direktøren for det hele", 2006)
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17. Conheça agora 6 personagens da literatura que podem inspirar sua carreira
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17/17 (Flickr/Creative Commons/Kate Ter Haar)