Carreira

7 erros na hora de fazer networking no LinkedIn

De estratégias equivocadas para se tornar popular até indiferença: saiba quais os deslizes mais comuns na hora de expandir suas conexões e como evitá-los

Como na vida real, networking no LinkedIn também pede estratégia e bom senso (Justin Sullivan/Getty Images)

Como na vida real, networking no LinkedIn também pede estratégia e bom senso (Justin Sullivan/Getty Images)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 20 de julho de 2011 às 18h52.

São Paulo – Com mais de 3 milhões de profissionais brasileiros cadastrados, o LinkedIn é um espaço fértil para a germinação de novos relacionamentos de carreira. No entanto, diante das milhões de possibilidades de parcerias, há quem se empolgue além da conta e acumule alguns erros de networking clássicos para o currículo.

Algumas vezes, a lista de escorregões está ligada a um conceito equivocado sobre networking. Em outras, por uma noção errada sobre comportamento em redes sociais - à exemplo da enxurrada e estilo dos convites de desconhecidos que todos recebem.

EXAME.com listou alguns dos erros mais comuns e com ajuda de Rogerio Sepa, especialista em gerenciamento de carreiras no mundo virtual da DBM, mapeou algumas dicas para evitá-los.


1 Ser um caçador de conexões

O ato de disparar convites para meio mundo foi mania nos tempos de Orkut e, para horror dos mais discretos, agora também está se espalhando pelo LinkedIn.

Se você é adepto dessa cultura nacional, alerta vermelho. Segundo especialistas, o  hábito evidencia uma concepção equivocada sobre o significado de networking profissional.

Você até pode ficar mais feliz ao ver seu número de contatos na rede social extrapolar a casa dos milhares. Na vida real, contudo, isso tem pouco sentido prático.

Muitas conexões e pouco relacionamento concreto (mesmo que virtual) não garantem indicações para emprego, lembranças de novas parcerias ou simplesmente um ‘charme’ a mais para os olhos do recrutador. Nada disso. 



Em alguns casos, uma multidão de conexões no LinkedIn pode até ser um tiro no pé do profissional. Se você não conhece boa parte de seus contatos nessa rede social, sinal vermelho.

Isso pode revelar que falta uma visão estratégica na sua maneira de lidar com os planos de carreira – e indicar, para o recrutador, um estilo na maneira de lidar com as atividades profissionais. 


2 Ter propósitos difusos

Por trás desse hábito de disparar convites para o universo inteiro do LinkedIn está o pecado mortal de não ter planos definidos para a carreira.

“Antes de qualquer ação propriamente dita, o profissional precisa definir qual o propósito daquilo”, diz Rogerio Sepa, especialista em gerenciamento de carreiras no mundo virtual da DBM.

Isso significa que você precisa adotar uma postura estratégica diante de cada futura conexão no LinkedIn.

Pergunte-se sobre as razões para adicionar esse novo contato, como você irá justificar isso para ele e de que maneira essa relação também pode ser útil para o profissional do outro lado da rede.


3 Mandar o convite padrão

Esse aspecto lança luz sobre outro deslize comum entre os usuários do LinkedIn no Brasil. Na hora de enviar convites para novas conexões, o site oferece a opção de envio de uma mensagem padrão.

Sucumbir à tentação de encaminhar o convite dessa forma é quase uma fórmula também pronta para matar seus planos de expansão de networking.

“Muitas pessoas não se esforçam para mudar uma vírgula do texto”, diz o especialista. “Esse tipo de forma de contato é vista com muita reserva por quem recebe”.

É essencial redigir uma mensagem personalizada para cada contato mostrando quem você é e quais seus objetivos em manter contato com ela.

4Encher linguiça

Agora, não vale esbanjar toda a sua prolixidade adormecida nessa mensagem. A dica é ir direto ao ponto. “A mensagem deve ser curta. Logo de cara, você deve estabelecer seu objetivo”, diz Sepa.


Exemplo: Se a pessoa do lado de lá é um headhunter que está à procura de um profissional com o seu perfil, basta mencionar isso e argumentar, de maneira objetiva, porque você é uma boa opção para a oportunidade em questão.


5 Criar vínculos falsos

As opções para adicionar novos contatos da maneira mais tradicional no LinkedIn são restritas. Apenas amigos, colegas de classe, colegas de trabalho ou pessoas que fizeram algum negócio em comum podem se conectar pelo caminho mais simples.

O problema é que, muitas vezes, o novo contato não cabe em nenhuma dessas alternativas. Diante disso, muita gente decide estabelecer um vínculo anterior falso.

Quantas vezes você já não recebeu um convite no LinkedIn informando que você já fez um negócio junto com um desconhecido em uma empresa mais desconhecida ainda?

De acordo com o especialista da DBM, há duas maneiras para driblar essa estratégia mentirosa. A primeira é buscar em sua rede de contatos alguma pessoa em comum e pedir para que esse contato apresente você, virtualmente, para a conexão alvo.

Outra maneira mais discreta é participar dos mesmos grupos que a pessoa em questão participa. Esse ponto em comum dentro da rede social, abre espaço para que você adicione o outro profissional a sua rede de contatos.


6 Não ter papas nas língua no Twitter

O LinkedIn dispõe de um aplicativo que permite que todas as mensagens postadas Twitter também sejam publicadas na rede social profissional. O problema é que, se a ideia é expandir sua rede de contatos de carreira, não pega bem pipocar seu mural do LinkedIn com tuites de cunho mais pessoal.

Se decidir usar esse aplicativo, prefira conectar apenas uma conta no Twitter que tenha um cunho mais profissional.


7 Colocar contatos e LinkedIn no ostracismo virtual

Vara horas no Facebook ou Twitter pode até ser mais divertido do que investir mais tempo no LinkedIn. Mas, como na vida fora da web, a rede de contatos profissional deve ser cultivada. Isso significa que você pode desde participar ativamente dos grupos de discussão, páginas de perguntas ou, simplesmente, retomar o contato periodicamente com cada pessoa da sua lista de contatos.

Novamente, cuidado com a falta de objetivo. “Não vale mandar uma mensagem apenas perguntando se está tudo bem. Você precisa ter algo para compartilhar”, diz Sepa. “Ninguém tem muito tempo a perder hoje em dia. É preciso ter um propósito”.

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