Carreira

7 dicas para enfrentar um mal-humorado no escritório

Veja o que diz o psicoterapeuta Isaac Efraim, em São Paulo. Em resumo: fuja

Infravermelho do calor das pessoas na estação da Suécia (Divulgação)

Infravermelho do calor das pessoas na estação da Suécia (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2011 às 08h30.

O mau humor é uma praga. É contagioso: basta alguém da equipe chegar com a cara amarrada que dali a pouco todo mundo é contaminado. Ao mesmo tempo, ninguém está imune a, um dia ou outro, ir trabalhar de má vontade por um motivo qualquer. Brigou em casa, pegou um trânsito danado no caminho, o dinheiro está curto...

Esses casos são fáceis de resolver. Basta deixar o tempo passar. Acontece que há os mal-humorados crônicos. Com eles, não há tempo bom. A vida é sempre uma droga, tudo é motivo de lamentação. O psicoterapeuta Isaac Efraim, de São Paulo, costuma lidar diariamente com tipos assim. Efraim é um especialista em atender executivos. Veja o que ele recomenda para quem está enfrentando um mal-humorado no escritório:

1. A sua primeira arma contra o mal-humorado é não se deixar contaminar. Como fazer isso? Evite passar perto dele, não puxe conversa a não ser as estritamente necessárias. O mal-humorado só precisa de um pretexto (a sua presença, por exemplo) para desfiar todas as mazelas da vida dele o quanto sofre ou é desprestigiado pelos chefes, a morte da cachorra, o celular que não funciona. E, diante disso, a tendência natural é você se deixar abater. Fuja dele.

2. Se não for possível fugir, apenas ouça o que o mal-humorado tem a dizer. Não argumente. Segundo Efraim, não adianta querer mostrar o lado cor-de-rosa da vida. Quanto mais você argumenta, mais ele fala, fala, fala... O mal-humorado crônico é também um teimoso crônico. Tudo o que ele quer é convencer você de que está certo. Quanto mais você argumenta, mais ele vai ter histórias tristes para contar. Portanto, deixe-o falar.

3. O mau humor crônico já é estudado e considerado por muitos especialistas como uma doença. Efraim, por exemplo, trata o assunto como tal. O mau humor é classificado como distúrbio de humor. A depressão também é uma doença. Os deprimidos, no entanto, ficam estirados na cama, pensam em suicídio, não vêem motivos para viver.

Os mal-humorados, ao contrário, são cronicamente pessimistas. Parece que eles têm como esporte preferido aporrinhar os outros. Na verdade, essas pessoas sofrem de disfunções dos neurotransmissores aquelas coisinhas no cérebro que ditam o nosso humor. Eis o tratamento que Efraim receita: antidepressivo (em doses razoáveis, claro). Essas pessoas sofrem, são infelizes. Vivem a desgraça duplamente: antes e durante o fato , diz Efraim.

4. Os mal-humorados serão sempre mal-humorados. Efraim chama-os de arquivistas . Eles vão arquivando mágoas ou, como diria Gabriel García Márquez, em Amor nos Tempos do Cólera, pastoreando rancores . Não será você, sozinho, que vai mudá-los.

5. Como identificar um mal-humorado crônico? Não adianta perguntar a ele. Pessimista? Eu? Nunca! , será a resposta. Os mal-humorados costumam se considerar realistas. Na configuração mental deles, os outros é que não sabem avaliar corretamente os riscos , diz Efraim.

6. Além de manter distância dos mal-humorados, é também preciso tomar cuidado com eles. Para provar que nada dá certo, inconscientemente eles trabalham para que tudo dê errado. Assim, no final, poderão dizer: Tá vendo, eu não falei?!

7. Recomendação final de Efraim: ou você manda o mal-humorado para tratamento psiquiátrico, ou foge dele. Caso contrário, a tendência é você ser puxado junto para o buraco.

Acompanhe tudo sobre:carreira-e-salariosgestao-de-negociosNetworking

Mais de Carreira

Ele é júnior com salário de sênior: veja quem é o profissional que as empresas brigam para ter

Estas são as três profissões mais valiosas até o final da década; veja se a sua está na lista

Como usar a gamificação para transformar o engajamento da sua equipe

5 tipos de vampiros emocionais e como eliminá-los da sua vida