São Paulo - Uma exposição de qualidade vai muito além de um slide bonito. Segundo especialistas, o sucesso advém da combinação de um roteiro cuidadoso, atenção ao perfil da plateia e harmonia entre fala e imagem.
Para isso, você precisa ter um briefing preciso, definir seu roteiro, elaborar o apoio visual da sua fala - e, claro, treinar, treinar e treinar.
Para sintetizar algumas características básicas de uma apresentação de alto nível, ouvimos Eduardo Adas e Rogerio Chequer, sócios da SOAP, consultoria especializada em apresentações. Confira:
1. Visual
Quanto menos textos e mais imagens, melhor. Segundo Eduardo Adas, um dos sócios da SOAP, o slide ideal é aquele completamente sem texto. “Quanto mais visual for a sua apresentação, mais foco o palestrante terá sobre si mesmo”, diz ele.
2. Minimalista
A sua apresentação deve ter palavras ou frases curtas, para facilitar a compreensão e manter a atenção da plateia no que é essencial. “Quanto mais enxuta for a sua comunicação, melhor”, diz Adas.
3. Apoiada em storytelling
“Tente não pensar em slides, mas sim em cenas de uma história que você está contando”, recomenda Adas. De acordo com ele, um roteiro com um bom fio narrativo ajuda na compreensão e na retenção do conteúdo.
4. Tangível e próxima do público
Ingredientes de comédia, suspense e até drama contribuem para captar emocionalmente o público. Procure humanizar ao máximo sua comunicação e trazer referências do cotidiano.
5. Customizada
“Apresentações de qualidade são adaptadas o máximo possível ao perfil do público”, diz Adas. Para construir um conteúdo personalizado, conheça a sua plateia com antecedência e prepare um roteiro feito especialmente para ela.
6. Complementar à fala
Segundo Rogerio Chequer, sócio da SOAP, as imagens do slide não repetir a informação dos textos. É importante investir em imagens metafóricas, capazes de instigar e engajar a plateia.
Se você está falando de um navio, é redundante expor a imagem de uma embarcação, por exemplo. “Os melhores slides são os que acrescentam informação à fala, ampliando seus significados”, explica Chequer.
7. Sincronizada com o conteúdo
Deixar exposto na tela apenas o conteúdo que você está abordando naquele momento é outro conselho dos especialistas. “Conseguir essa harmonia entre visual e oral ajuda a conter a dispersão da plateia”, diz Adas.
Por exemplo, se você está falando sobre cinco destaques de um relatório, projete um de cada vez, à medida que for avançando na sua exposição oral. Isso garante uma cadência agradável e amplia o poder didático do seu conteúdo.
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1. O corpo grita nas apresentações
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1/9 (Foto: Gabriel Araújo. Instrutora e coach: Sabrina Mello. Espaço: Livraria da Vila)
São Paulo – Uma boa
apresentação não é feita apenas de slides deslumbrantes e palavras certas. Expressões faciais, posturas e até os gestos que cada orador escolhe também contam (e muito) para a maneira como o público, do lado de lá do palco, irá processar cada informação.
Pensando nisso, os sócios da
SOAP, consultoria especializada no assunto, compartilharam com EXAME.com algumas das regras básicas para usar a
linguagem corporal do jeito certo durante as apresentações. Confira:
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2. 1. Faça contato visual
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2/9 (Foto: Gabriel Araújo. Instrutora e coach: Sabrina Mello. Espaço: Livraria da Vila)
Em uma apresentação, a plateia é a protagonista – não você, seus slides ou lousa. Por isso, seu foco deve estar em quem está do lado de lá do palco ou da mesa.
Na prática, isso significa que seus olhos devem estar fitos neles – e não na sua apresentação de slides ou outro recurso.
“Você não pode interromper por muito tempo a conexão com a audiência”, afirma Rogério Chequer, sócio da SOAP. “Sem conexão, não há empatia. Sem empatia, não há credibilidade”.
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3. 2. Direcione o olhar da audiência
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3/9 (Foto: Gabriel Araújo. Instrutora e coach: Sabrina Mello. Espaço: Livraria da Vila)
Agora, como conciliar a troca de olhares com o público e os slides que você tem para mostrar? A resposta está na maneira como os maestros conduzem uma orquestra.
Apesar da multidão de notas na partitura, é o maestro quem determina em que ponto de toda harmonia cada músico deve se focar. Faça o mesmo.
Assuma a postura de maestro da atenção da plateia. Segundo os especialistas, este processo começa antes de sua chegada ao palco – para ser mais preciso, no momento em que você confecciona os slides que irão auxiliá-lo durante a apresentação.
“O conteúdo mais importante não é o que está no slide, mas sim o que você está falando. Então, mostre apenas imagens sobre o que você diz”, afirma Eduardo Adas, sócio da SOAP. “Se você mostrar tudo de uma vez, a audiência não vai saber para onde olhar”.
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4. 3. Fuja das posturas que incomodam
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4/9 (Foto: Gabriel Araújo. Instrutora e coach: Sabrina Mello. Espaço: Livraria da Vila)
Os gestos e expressões faciais não são os únicos a desembocar significados durante uma apresentação. A maneira como você dispõe os outros membros do seu corpo também fala – e muito.
Braços cruzados, mão na cintura ou nos bolsos, pernas muito abertas e por aí vai. Posturas assim passam “mensagens subliminares para a audiência na direção de desleixo, falta de disciplina, organização ou profissionalismo”, afirma Chequer.
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5. 4. Busque a neutralidade
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5/9 (Foto: Gabriel Araújo. Instrutora e coach: Sabrina Mello. Espaço: Livraria da Vila)
A melhor estratégia para evitar isso é apostar em posturas e gestos neutros. “O que você busca em termos gestuais deve sempre visar à neutralidade e à complementariedade”, afirma Adas.
Ou seja, a maneira como você usa as mãos ou desloca o seu corpo não pode interferir na história que está contando – antes, deve reforçá-la.
Manter as mãos ao lado do corpo, por exemplo, cumpre essa função. Fazer gestos abertos, por sua vez, mostra ausência de proteção e confiança. “A conexão com a audiência é mais forte se seu gesto é natural”, diz Chequer.
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6. 5. Seja coerente
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6/9 (Foto: Gabriel Araújo. Instrutora e coach: Sabrina Mello. Espaço: Livraria da Vila)
Neste ponto, a coerência entre o que se diz e como se age é fundamental. “Falar uma coisa e fazer outra cara compromete a credibilidade”, diz o especialista. Agora, como conciliar conteúdo e expressão quando se está nervoso e o sorriso ou sobrancelhas arcadas parecem ter vida própria? A solução, de acordo com os especialistas, é treino. Por isso, não subestime a importância do preparo antes da apresentação.
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7. 6. Fuja dos gestos vilões
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7/9 (SOAP)
Batucar dedos na mesa, enrolar o cabelo ou apontar o dedo para a plateia pode atrapalhar sua plateia. Primeiro porque tais gestos distraem. Segundo, podem incomodar ou trazer insumos para o pré-julgamentos da plateia. Na dúvida, escolha gestos neutros e conscientes.
“Muita gente odeia que aponte o dedo para elas. Ao fazer isso, você quebra a empatia”, diz Chequer.
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8. 7. Em pé ou sentado?
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8/9 (Foto: Gabriel Araújo. Instrutora e coach: Sabrina Mello. Espaço: Livraria da Vila)
“Quando você está de pé tem o corpo inteiro para lidar, tem mais mobilidade no palco, a interação fica mais rica”, descreve o especialista. Sentado, ao contrário, o grau de liberdade é menor. “Você fica mais preso e tem menos recursos para complementar sua história”.
Quando o grupo é pequeno, contudo, muitas vezes não faz sentido ficar em pé. Aí, a dica é aguçar os sentidos para perceber qual postura é mais adequada para cada reunião.
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9. Agora, veja como surpreender
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9/9 (Getty Images)