São Paulo - Cuidado com o que você fala durante o expediente para o seu chefe, colegas ou subordinados. É que suas palavras podem servir como uma espécie de combustível para “queimar” a sua reputação profissional e minar suas chances de crescer na empresa.
De acordo com Erica Isomura, especialista em Recursos Humanos da Vagas Tecnologia, 6 tipos de frases são altamente “inflamáveis” para sua carreira. Confira quais são e por que é melhor riscá-las do seu repertório:
1 “Eu não ganho para isso”
Determinar sua atuação levando em conta apenas o job description barra o surgimento de boas oportunidades de crescimento.
De acordo com Erica, o tão almejado resultado financeiro vem como uma consequência. Você pode até considerar esta uma lógica perversa, mas primeiro mostre o seu valor e encare a nova tarefa. Tendo um desafio na manga como "trunfo", você tem muito mais chances de sucesso na hora de negociar um aumento de salário.
2 "Sempre foi assim e você não mudará isso"
Quem se dá bem na carreira, hoje em dia, são as pessoas que seguem a lógica inversa da explicitada pela frase acima. “Destacam-se os profissionais que são agentes de mudança”, diz Erica.
Portanto, enxergue as alternativas para processos e procedimentos como ótimas oportunidades de demonstrar seu poder de inovação. “A única certeza que temos, atualmente, é a de que haverá mudanças”, diz a especialista.
3 “Eu tenho razão"
O foco deve ser ajustado sob outro ângulo, segundo Erica. “Não importa quem tem razão. Importa que há um problema que precisa ser resolvido”, diz ela. Ou seja, a ótica deve ser sempre a da colaboração.
4 “Esta empresa não tem jeito, nada dá certo, tudo está errado, nunca vai mudar"
Uma continuação perfeita para a frase acima é o jargão: “ó vida, ó azar”. Este tipo de atitude negativa pode parecer inofensiva, mas vai de encontro a um dos lemas máximos de um bom chefe: inspirar e motivar a equipe.
5 “Fulano é um idiota"
Ou qualquer agressão semelhante. “Frases assim demonstram despreparo e imaturidade emocional”, diz Erica.
Ao expressar toda a sua raiva, você pode até desopilar o seu fígado, mas a luz vermelha acende em um ponto que certamente é levado em consideração na hora de uma promoção: a inteligência emocional.
Conflitos profissionais existem e ganha pontos quem consegue resolvê-los na base da negociação. Muito mais eficiente é o profissional que deixa "picuinhas" de lado e aposta em táticas infalíveis para solucionar conflitos.
6 “Nossa, você não sabe quem está saindo com o fulano, que é casado?”
“Quem? Quem? Quem?”, responderiam os fofoqueiros de plantão. Mas, o problema é que chefes não costumam aprovar este tipo de conduta e quem as adota perde credibilidade, outro item fundamental para quem deseha chegar a postos de liderança.
Por isso, há especialistas que recomendam até táticas (bem) radicais para cortar a fofoca pela raiz no trabalho. “Se você não tem nada de positivo para falar sobre uma pessoa, melhor não falar nada”, diz Erica.
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1. Reputação "mais do que arranhada"
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1/9 (Dado Ruvic/Reuters)
São Paulo – A diretora de Relações Públicas da IAC – empresa dona de sites como Vimeo e OkCupid – é a mais nova integrante da lista de profissionais que não seguiram as r
egras básicas de comportamento nas redes sociais e se deram mal. Confira este e outros casos marcantes, nos últimos 3 anos, de
demissões causadas por quem fala demais no
Twitter ou no
Facebook
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2. Justine Sacco
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2/9 (Arquivo pessoal/LinkedIn)
A executiva Justine Sacco já estava de malas prontas para uma viagem à África do Sul quando publicou o seguinte tuíte na sexta-feira passada: "Going to Africa. Hope I don't get AIDS. Just kidding. I'm white!" Algo como "Indo para a África. Espero não pegar AIDS. Brincadeira. Eu sou branca!", numa tradução livre. A repercussão nas redes sociais foi tão grande que a e a hashtag #JustineSacco despontou entre as s mais discutidas no Twitter. A mensagem foi apagada assim que Justine desembarcou.
Mas a demissão já era certa, mesmo com o pedido de desculpas publicado em perfil criado pela executiva no Facebook.
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3. Flávio Gomes
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3/9 (Reprodução)
Em setembro deste ano, o jornalista Flavio Gomes, então apresentador do canal esportivo ESPN, soltou o verbo contra o árbitro Jailton Macedo Freitas após discordar de um pênalti a favor do grêmio em partida com a Portuguesa. Torcedor da Lusa, o jornalista não poupou palavrões e xingamentos: "O Grêmio é um time filho da ***. Ridículo. [...] Juiz vagabundo, timinho escroto desde 1903. São muito machos no Sul. Mas adoram dar a ***", escreveu. A
ESPN demitiu o jornalista que, declarou, depois, ter se arrependido da brincadeira.
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4. Estagiárias do Senado
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4/9 (INFO/ Reprodução)
Em fevereiro deste ano, duas estagiárias do Senado Federal perderam o emprego depois de publicarem uma foto de um rato – que supostamente apareceu no local- no Facebook. O problema foi a legenda que associava o animal ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL): “E a gente achou que o único problema aqui fosse o Renan Calheiros”, escreveram as jovens.
A postagem rendeu o estágio das estudantes de administração e direito. Os nomes delas não foram divulgados, mas uma delas seria sobrinha de Joaquim Barbosa, presidente do STF, segundo reportagem do Correio Braziliense. Em nota, a coordenação de comunicação do Senado justificou a demissão das duas dizendo que elas são indisciplinadas e que, como não tratava-se de estágio sem vínculo empregatício, a desligamento fica a critério da Casa. O comunicado afirma que as estagiárias usaram o computador e a conexão com a internet do Senado durante o expediente para acessar o Facebook e divulgar conteúdo ofensivo.
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5. Anthony Weiner
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5/9 (Getty Images / Allison Shelley)
Ao tornar pública – por engano- uma troca de mensagens inapropriada no Twitter, o deputado norte-americano Anthony Weiner viu sua carreira política ir por água abaixo. Uma confusão com botões da rede social fez com que uma foto dele de cueca viesse a público. O escândalo foi tamanho (em 2011) que ficou conhecido como Weinergate e custou-lhe a cadeira no Congresso já que teve que se afastar. O deputado admitiu que mantinha conversas eróticas pela rede de microblogs com seis mulheres.
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6. Gilbert Gottfried
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6/9 (Getty Images)
Brincadeiras com tragédias sempre pegam mal, mas há quem insista em fazê-las. Gilbert Gottfried é um exemplo de comediante que perde o emprego mas não perde a piada de mau gosto. Em referência ao terromoto e tsumani que devastaram o Japão em 2011, o comediante resolveu ser “engraçadinho” e publicou na sua conta pessoal do Twitter: o Japão é realmente avançado. Eles não vão à praia. A praia vem a eles”. A piada resultou no fim do contrato do companhia de seguros Aflac, cujo mascote, um pato, era dublado pelo comediante.
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7. Alex Glikas
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7/9 (Reprodução)
Uma “demissão temporária” foi o resultado colhido pelo diretor comercial da Locaweb, Alex Gilkas, depois de perder a linha e xingar a torcida do São Paulo, em março de 2010. Apoiador do rival Corinthians, Gilkas deixou o lado torcedor falar mais alto, como ele mesmo definiu em pedido de desculpas. O detalhe era que a Locaweb tinha fechado acordo de patrocínio com o Tricolor paulista e torcida se enfureceu após ser alvo de comentários homofóbicos. A Locaweb inclusive foi citada em um dos tuítes:: “Vamo (sic) Locaweb! Timão eooo!”. Após pressão são-paulina, Gilkas foi demitido, mas
recontratado depois que a poeira abaixou, ainda no mesmo ano.
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8. Octavia Nasr
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8/9 (Reprodução)
Ao lamentar a morte do aitolá xiita Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah, líder do Hezbollah, a jornalista Octavia Nasr parece ter se esquecido de que no seu país, os Estados Unidos, ele era considerado um terrorista e que isso poderia “pegar mal”, ainda mais para uma editora da CNN. O tuíte foi imediatamente mal recebido e a demissão veio em seguida. De acordo com a CNN, a declaração da jornalista colocava em dúvida a sua credibilidade.
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9. Também dá para ficar famoso pedindo demissão, confira:
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9/9 (Creative Commons/Flickr/cogdog)