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6 erros que matam um currículo em vídeo

Ler informações e não atentar à qualidade da gravação são dois dos equívocos mais graves ao apostar em um currículo em vídeo, segundo especialistas

EXAME.com (EXAME.com)

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Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 8 de maio de 2013 às 16h54.

São Paulo - Realidade nos Estados Unidos, o currículo em vídeo engatinha no Brasil. “Ainda é algo novo e muita gente desconhece a ferramenta”, diz Thirza Sifuentes, coach da Homero Reis Consultores.

De acordo com ela, as empresas brasileiras que já recebem esta modalidade de currículo são, em geral, voltadas para indústria criativa. “Vejo que aqui no Brasil é setorizado, são empresas de publicidade e propaganda e aquelas que têm a inovação como característica do negócio”, explica.

A previsão dos especialistas é que o currículo em vídeo ganhe força nos próximos anos. “No futuro, a tendência é cada um contar a sua história por vídeo”, diz Gilberto Guimarães, professor da BSP – Business School São Paulo.

Mas para ter sucesso e agregar valor a sua apresentação ao mercado utilizando recursos multimídia, alguns cuidados são essenciais. Justamente por ser uma novidade no mercado brasileiro, quem aposta no currículo em vídeo corre o risco de cometer erros graves e colocar tudo a perder, de acordo com especialistas consultados. Confira os equívocos matam um currículo em vídeo:

1 Ler o currículo em frente à câmera

“Ler o que está escrito no currículo em papel, falando as data e cargos ocupados, fica péssimo”, diz Guimarães. Transpor as informações impressas no currículo em papel para vídeo é uma das piores coisas que um candidato pode fazer.

 “O objetivo do vídeo é engrandecer a sua apresentação mostrando no que é competente e deixar também transparecer traços da personalidade, trazendo dados criativos e até um pouco de humor, resguardando o aspecto profissional”, diz Thirza. Deixe datas e descrição dos cargos para o documento em papel.


2 Fazer um vídeo longo

Os especialistas citam o tempo como um aspecto importante a que os candidatos devem prestar atenção. “Deve ter um minuto, no máximo 2, mas isso só se for extremante necessário falar mais tempo”, diz Thirza.

“O currículo é como uma propaganda. Na televisão é possível, em um anúncio de produto, transmitir um monte de informações em 30 segundos”, lembra o professor da BSP.

Os candidatos - propõe Thirza - devem ter em mente que o currículo em vídeo é como um trailer do filme da sua história. “A ideia é que seja um teaser pessoal, que ressalte as partes incríveis do filme da sua história que é, na verdade é o seu currículo”, diz.

Ou seja, um bom currículo em vídeo tem que estimular o recrutador a querer saber mais sobre você, ler o seu currículo impresso, e chamá-lo para uma entrevista de emprego.

3 Não atentar para qualidade técnica da gravação

A falta de qualidade técnica pode transformar o vídeo em motivo de piada. Problemas na luz, na captação do som e da imagem e erros de edição são matadores. “O ideal é que a pessoa efetivamente conheça as ferramentas para que a edição de qualidade mostre o profissionalismo”, explica Thirza.

Para não correr este risco, quem não está familiarizado com plataformas de vídeo deve procurar uma pessoa que possa ajudá-lo. “É buscar alguém que garanta que esse vídeo vai cumprir o seu propósito”, recomenda a coach.

Guimarães ressalta que o candidato deve seguir um roteiro na hora de encarar a câmera. “Tem que ser objetivo , do contrário, fica tudo muito confuso”, diz o professor. O tom de voz e a postura também podem fazer com que a pessoa ganhe ou perca pontos. “Uma voz mais grave dá mais credibilidade, é preciso fazer a impostação da voz, sem deixar que fique forçado”, recomenda.


4 Vocabulário e postura corporal inadequados

Se um tropeço no idioma é grave no currículo impresso, no vídeo não é diferente. Clareza e fluência na comunicação são aspectos que ficam explícitos em frente à câmera.

“A linguagem verbal e a corporal são muito importantes”, diz Thirza. Gesticular muito ou ficar totalmente parado são dois extremos que também podem prejudicar o candidato.

5 Vestimenta inadequada

A roupa usada também pede atenção. Para não errar, escolha se vestir como se estivesse indo a uma entrevista de emprego na empresa. “A formalidade depende do cargo e da empresa e o candidato deve estar atento a isso”, recomenda Thirza. 

6 Fazer um vídeo para uma empresa que não se interessa por esta modalidade

Apostar em um currículo em vídeo e enviar para uma empresa mais tradicional e que não está interessada neste tipo de plataforma é muita atitude arriscada e pode até depor contra o candidato, segundo a coach Thirza Sifuentes.

“Empresas mais tradicionais e formais podem não receber bem, esta é um abordagem valorizada por empresas mais modernas na maneira de gerir”, destaca a especialista.

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