Carreira

5 truques de networking para tímidos

Você começa a suar só de pensar em networking? Veja alguns truques para driblar a timidez e aumentar a sua rede de contatos


	Timidez: quem gasta energia com interações sociais deve fazer um networking econômico e seletivo
 (Thinkstock/Cameron Whitman)

Timidez: quem gasta energia com interações sociais deve fazer um networking econômico e seletivo (Thinkstock/Cameron Whitman)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 14 de maio de 2015 às 15h31.

São Paulo - Se você começa a suar só de pensar em networking, aí vai um refresco: a missão é difícil até para os seus colegas mais extrovertidos.

Os tímidos só estariam em desvantagem, explica Maurício Cardoso, co-fundador do Clube do Networking, se obter sucesso na tarefa dependesse meramente de trocar sorrisos, falar amenidades e distribuir cartões. Não é o caso.

Fazer contatos, explica o especialista, não é uma ocasião social, em que os “populares” se sobressaem aos “quietinhos”. Trata-se de um investimento complexo, de longo prazo, que exige profundidade, seriedade e comprometimento para dar certo.

Outro detalhe coloca extrovertidos e introvertidos em pé de igualdade: os brasileiros, independentemente de sua personalidade, têm resistências culturais à prática.

“Ao contrário dos norte-americanos, por exemplo, os latinos veem o networking como um jogo interesseiro, um modo de tirar proveito de outras pessoas”, explica Fabrício Barbirato, diretor executivo do IDCE (Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos).

O que é difícil para os tímidos?
Ainda que o desafio exista para todos, também é verdade que os tímidos enfrentam um obstáculo adicional por conta de seu comportamento. “Eles sofrem mais para dar o primeiro passo, entrar em rodas, se apresentar para desconhecidos”, explica Cardoso.

No entanto, essa resistência inicial não está condenada a virar paralisia - há inúmeros truques para driblá-la. Veja a seguir algumas propostas dos especialistas ouvidos por EXAME.com:

1. Seja seletivo
Se você perde energia com a interação social, a palavra mágica é economia. Por isso, diz Barbirato, o tímido deve especialmente criterioso na hora de escolher os contatos em que vai investir.

“Para evitar desgastes à toa, os seus tiros devem ser certeiros”, afirma o especialista. Ter menos alvos na mira também significa mais tempo de preparação para cada um deles.

2. Recorra a intermediários
Se estabelecer o primeiro contato com um estranho é a sua maior dificuldade, uma boa dica é pedir a um conhecido que apresente você a ele.

“É uma tática para quebrar o gelo e engatar uma conversa usada até pelos mais extrovertidos”, comenta Cardoso.

3. Use (mas não abuse) de recursos digitais
A internet e as redes sociais alteraram significativamente a forma de fazer networking - para melhor, muito melhor, diriam os tímidos.

Barbirato diz que as mídias digitais podem e devem ser usadas, principalmente para fazer contatos iniciais. Tudo com moderação, claro: encontros presenciais são necessários de vez em quando.

4. Chegue mais cedo a eventos
Vai a um congresso ou feira? A dica de Cardoso é ser um dos primeiros a aparecer no local do evento.

“Quando ainda há poucas pessoas no ambiente, fica mais fácil se aproximar e começar conversas com mais tranquilidade”, explica.

5. Vá preparado para as conversas
O segredo do networking não está em falar, mas em ouvir. Por isso, diz Barbirato, você não precisa ser um grande tagarela para conquistar o outro - basta fazer as perguntas certas.

“Se você estudar e pesquisar o suficiente, saberá elaborar questões interessantes sobre a sua área profissional”, afirma. “Além de causar uma boa impressão, você ainda se livra da necessidade de falar sobre amenidades”.

Acompanhe tudo sobre:carreira-e-salariosComportamentoDicas de carreiraNetworkingPsicologiaSucesso

Mais de Carreira

Cidadania italiana: possível mudança pode encarecer o processo. Devo correr com meu pedido?

4 passos para aprender qualquer coisa, segundo este Nobel de Física

Donald Trump quer deportar imigrantes. Como isso impacta quem já trabalha nos EUA?