Organizações buscam aqueles cujas carreiras somam autoconhecimento, senioridade e proatividade às chamadas hard skills (Tim Robberts/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2022 às 12h55.
Última atualização em 29 de março de 2022 às 10h11.
Graduação, especialização, MBA, fluência em dois idiomas, experiência internacional e um cargo de liderança em uma grande empresa. Esse já foi o perfil mais buscado entre os recrutadores, não fossem as constantes transformações no mercado de trabalho, aceleradas pela pandemia. Hoje, as organizações tentam pinçar, a todo custo e entre tantos profissionais, aqueles cujas carreiras somam autoconhecimento, senioridade e proatividade às chamadas hard skills.
Quem conseguiu se antecipar a tendências mapeadas para os próximos três anos caminha a largos passos daqueles que achavam que o futuro do trabalho demoraria a chegar. Não necessariamente comem poeira, mas com certeza buscam fôlego extra para sobreviver diante da concorrência. E será que existe uma fórmula para se preparar para o novo mercado?
De acordo com Alexandre Pellaes, professor e pesquisador em novos modelos de gestão e futuro do trabalho, não. Há, contudo, formas de agilizar o processo. Para o especialista, a tendência de lifelong learning, cuja base é o aprendizado contínuo, pode ser o diferencial para conquistar o tão desejado sucesso na carreira. “Além da parte técnica, é preciso desenvolver o lado social, comportamental, de relacionamento e da consciência do papel que cumprimos na organização e na sociedade”.
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As corporações passaram a buscar não só o que os profissionais fazem, mas como fazem e como se preparam para os desafios do dia a dia. Será cada vez mais comum explorar o diferencial do candidato por meio de ações que representam, na prática, o que é descrito no momento da entrevista. “A empresa quer saber o seu nível de interesse, de iniciativa, as histórias que demonstram sua atuação como agente de desenvolvimento positivo para a evolução daquela dada organização ou grupo”, explica.
O profissional do futuro precisa, antes de tudo, compreender que o seu trabalho envolve uma corresponsabilidade entre o indivíduo e a organização ou o mercado onde vai performar. Conheça a seguir cinco tendências de carreiras que podem mudar o seu futuro e te ajudar a trilhar uma jornada com propósito, segundo Alexandre Pellaes:
A carreira, como se conhece, perde a linearidade. Ou seja, ela passa a ser entendida como uma colcha de retalhos, em que cada um deles corresponde a uma experiência de vida. Ela, por sua vez, deve ser costurada com uma linha de significados e interpretações. Pense que a linha e a agulha estão em suas mãos. Dependendo da percepção e interpretação que você dá a ela, é possível compreender como pessoas com as mesmas experiências vão construir histórias e carreiras paralelas e diferentes.
Uma outra tendência observada é a busca por significado e propósito, dando fim à máxima “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Os profissionais passaram a compreender que precisam encontrar um propósito ou significado nas atividades e funções que exercem. Isso não significa que toda carreira, a partir de agora, deverá mudar o rumo da humanidade, mas que, minimamente, os profissionais precisam entender porque fazem o que fazem.
Cresce, cada vez mais, a necessidade de autonomia e interação entre as pessoas. Com isso, as atividades repetitivas e automatizadas diminuem, já que devem ser repassadas a sistemas e robôs. Sobram aos meros mortais, portanto, os trabalhos criativos e interativos. Essa tendência lança o desafio de sair da disciplina de fazer por pressão para fazer pelo compromisso.
Há uma importante e relevante mudança no papel da liderança tradicional. Ela deixa de ser status e cargo para ser influência, característica de uma relação. É observada a redução dos níveis hierárquicos e o aumento do acesso à informação, com mais compartilhamento de poder e menos estrutura de grandeza imposta.
Chegaram, e para ficar, as estruturas mais fluidas de trabalho. Esse modelo vai permitir o trabalho de times multipotenciais, com conhecimentos compartilhados de diversas áreas, e flexibilidade em seus horários e formas de trabalho, compreendendo que essa discussão é sobre nível de autonomia, de responsabilidade, de compartilhamento de poder, de contribuição, compensação, para moldes menos complexos e mais humanizados.
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