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5 táticas para ter mais resiliência no trabalho

Quer superar dificuldades no trabalho sem se deixar abater? Especialistas dão conselhos para quem deseja se tornar mais adaptável e resiliente


	Sorriso: conseguir se recuperar de crises rapidamente se tornou um diferencial competitivo
 (Flickr/Creative Commons/J E Theriot)

Sorriso: conseguir se recuperar de crises rapidamente se tornou um diferencial competitivo (Flickr/Creative Commons/J E Theriot)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 09h45.

São Paulo - É com metáforas e conceitos do mundo da física que especialistas em recursos humanos tentam explicar a principal competência da primeira metade do século 21: a resiliência.

O conceito original, emprestado da ciência, trata de materiais capazes de acumular energia quando submetidos à pressão. Absorvendo o impacto, acabam voltando ao seu estado inicial sem sofrer deformações.

Traduzida para o universo humano, resiliência é a capacidade de superar adversidades, sem herdar delas nenhuma transformação negativa permanente. O mercado de trabalho precisa, mais do que nunca, de profissionais elásticos, aqueles capazes de interagir com pressões de forma positiva, sem “quebrar” com o impacto das crises.

De acordo com Paulo Sabbag, autor do livro “Resiliência: competência para enfrentar situações extraordinárias na sua vida profissional” (Negócio Editora), não se deve confundir o conceito com insensibilidade.

Tristeza, dor e desânimo são experimentadas pelo profissional resiliente - mas não por muito tempo. “Indivíduos de elevada resiliência sofrem com as perdas, mas seu luto é abreviado; ‘desmontam’ diante de graves adversidades, para depois se recuperar e até se tornam ainda mais fortes”, escreve Sabbag.

Como ser mais "elástico"?

Segundo a coach Bibianna Teodori, a capacidade de encarar dificuldades sem se deixar abater é mais necessária hoje do que no passado. É a exigência por produtividade máxima, diz ela, que acaba gerando climas organizacionais cada vez mais tensos.

“Em ambientes tão estressantes, conseguir trabalhar sob pressão é um diferencial competitivo para qualquer profissional, além de pessoalmente aumentar seu bem-estar e nível de satisfação com a vida”, afirma Bibianna.

A boa notícia, segundo ela, é que a competência pode ser aprimorada. A seguir, listamos algumas formas de se tornar mais “elástico” no trabalho:

1. Tempere suas emoções
Segundo Sabbag, pessoas resilientes conseguem experimentar emoções de forma equilibrada, moderada.

Não se trata de calar sentimentos como raiva, angústia ou melancolia. O segredo está na dose. “Sem emoção não há satisfação nem senso de realização. Qual é o problema? É o excesso, o descomedimento”, escreve ele.

2. Saiba o que te satisfaz
Para reagir bem aos problemas, é preciso conhecer aquilo que traz satisfação, prazer. 

Segundo Bibianna, é essencial saber quais são os gatilhos da sua satisfação e motivação no trabalho. “Para descobrir isso, é preciso investir muito em autoconhecimento”, aconselha ela.

3. Articule apoios
De acordo com Sabbag, familiares, amigos, colegas e mentores podem ter um papel essencial para reduzir a ansiedade, o estresse e a vulnerabilidade de uma pessoa com problemas no trabalho.

É importante buscar ativamente esse apoio, sem perder tempo com vergonha ou orgulho. “Quanto maior a resiliência do indivíduo, menor tende a ser a percepção de inferioridade no processo de ajuda”, afirma ele no livro.

4. Invista numa mentalidade positiva
Remoer experiências ruins é um hábito que não pertence às pessoas resilientes. “Elas sempre olham para frente, têm foco no futuro”, diz Bibianna.

A coach aconselha uma mudança de foco - do problema para a solução. “É preciso combater o velho costume de pôr defeito nos outros e só ver pior lado das situações”, afirma ela.

5. Fique atento ao outro
Bibianna também defende que pessoas altruístas, dispostas a ajudar os outros sempre que possível, tendem a lidar melhor com seus próprios problemas.

Ela propõe a ideia de um ciclo virtuoso. “É o princípio da prosperidade: se você consegue contribuir com o outro, é porque não está faltando nada para você”, explica ela.

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