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5 regras que os líderes de sucesso nunca quebram

Jogar todo o tempo no ataque não é a melhor estratégia, propõe estudo da Heidrick Struggles


	Topo da montanha: sucesso depende de atitude transformadora
 (Biletskiy_Evgeniy/Thinkstock)

Topo da montanha: sucesso depende de atitude transformadora (Biletskiy_Evgeniy/Thinkstock)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 1 de março de 2016 às 14h01.

São Paulo - Se para o funcionário a competência do novo tempo é a adaptabilidade, para um líder a regra de ouro é a capacidade de transformação do negócio.

Novos e inéditos produtos são lançados continuamente fazendo da incerteza uma constante no mercado. Não há como escapar da disrupção. Mas, jogar todo o tempo no ataque não é a melhor estratégia para quem quer vencer, sugere estudo “O Mandato da Transformação” sobre liderança elaborado pela Heidrick Struggles.

O equilíbrio entre ataque e defesa deve nortear os executivos para que as empresas consigam passar por transformações necessárias sem perder competitividade. “Toda grande empresa sofre a ameaça da disrupção e tem como desafio transformar algo que já funciona para competir com o novo produto ou serviço. Isso é muito mais complicado porque pressupõe mudanças no jeito de pensar, nos hábitos, crenças e em uma série de fatores”, diz Darcio Crespi, sócio-diretor da Heidrick & Struggles. 

Os executivos que conseguem adotar uma posição transformadora, por excelência, são aqueles que seguem estas cinco regras essenciais, propostas pelo estudo:

1. Motivar a equipe e abraçar a mudança disruptiva

Ao mesmo tempo em que o executivo trabalha para melhorar a competitividade das operações também deve lançar mão de estratégias de reinvenção do negócio. É só a partir da sustentabilidade da empresa, também do ponto de vista financeiro, que é possível ter fôlego para apostar também em iniciativas disruptivas.

O sócio-diretor da Heidrick Struggles aponta dois erros em que podem incorrer os executivos e, consequentemente, comprometer o sucesso na liderança. O primeiro é não enxergar que a indústria está sendo afetada pelas mudanças. O segundo é enxergar e, no entanto, desenvolver iniciativas dentro de uma estrutura antiga.

Se é para abraçar o novo, que seja por inteiro, dando liberdade e voz aos envolvidos nas novas estratégias, indica Crespi. “Sem suporte ou investimento é impossível prosperar”, diz.

2. Coragem para investir em curto e longo prazo

É preciso muita coragem para enfrentar conselhos de administração e acionistas ávidos por resultados rápidos. O gestor de sucesso sabe que agir velozmente em busca de retorno imediato é tão importante quanto investir em ações de retorno mais demorado.

Um erro grave ocorre quando a pressão dos investidores fala mais alto, calando os investimentos de longo prazo. “ É claro que na crise, é preciso cortar investimentos. Mas o pensamento deve ser o de cortar porque é preciso naquele momento, o que não significa largar mão”, diz Crespi.

3. Aceitar que a vida útil de uma estratégia pode diminuir

Cultura de inovação e baixa resistência a mudanças fazem parte do DNA de líder vencedor. Mudanças no cenário podem comprometer o sucesso de estratégias já estabelecidas. Por isso, adaptações são, na maior parte das vezes, fundamentais.

Exemplo: uma empresa líder de mercado vê seu principal concorrente ser comprado por uma multinacional estrangeira. Seguir com a mesma estratégia, que vinha dando resultado até então, pode não garantir mais a liderança neste novo ambiente que se formou.

4. Nortear-se por resultados duradores

Mudar a estratégia não significa mudar o propósito da organização. É a constância no propósito o alicerce que sustenta o negócio . De acordo com Crespi, empresas que mudam seu propósito constantemente estão fadadas a três destinos: quebrar, mudar de dono ou ter algumas de suas áreas vendidas.

5. Atrair talentos excepcionais

Sem uma ótima equipe nenhuma das regras acima sai do papel, diz o sócio-diretor da Heidrick Struggles. “Atrair talentos é primeira missão de um líder ”, diz. De acordo com ele, de nada adianta ter uma boa estratégia financeira ou para inovação, se não há um planejamento de recursos humanos. “Sem uma estratégia consistente de recursos humanos, a empresa está fadada a reunir funcionários medíocres”, diz Crespi.

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