Carreira

5 erros que põem todo o sucesso a perder no novo emprego

Especialista cita os passos mal dados mais frequentes dos profissionais recém-chegados e que podem comprometer a sua permanência no novo cargo


	Executivos: primeiros meses devem ser pautados pela observação do ambiente
 (PhotoRack)

Executivos: primeiros meses devem ser pautados pela observação do ambiente (PhotoRack)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 15 de julho de 2014 às 15h36.

São Paulo – A alegria de ouvir o esperado “está contratado” é sempre substituída pelo frio na barriga de quem está prestes a começar uma nova etapa na trilha profissional.

Os primeiros dias são os mais difíceis no novo emprego, mas o período desafiador para os novatos no ambiente leva alguns meses.
“Entre três e seis meses é tempo que o executivo leva para começar a entender a empresa e perceber se ele se encaixa”, diz Beatriz Pacheco, sócia-fundadora da Plongé.

De acordo com ela, mais do pura e simplesmente adaptação, a palavra de ordem deve ser integração. No entanto, nem todos os profissionais seguem esta “cartilha” e alguns passos mal dados podem comprometer o sucesso da nova empreitada de carreira e a permanência do executivo no cargo que nem bem assumiu.

De acordo com Beatriz, são 5 os erros mais frequentes e que respondem por grande parte dos fracassos de executivos em novos desafios corporativos:

1. Chegar emitindo opiniões

Alguns profissionais deixam de lado a observação e preferem já dar suas opiniões sobre o que é preciso fazer, impondo seu estilo assim que chegam. “É um erro comum”, diz Beatriz.

É claro que a experiência passada do novo profissional é bem vinda e uma referência necessária. “Mas não significa que o que deu certo antes, vai dar certo naquela empresa”, diz Beatriz.

A recomendação da especialista para quem acaba de estrear no emprego é ouvir mais e dizer menos. “Para ele entender a empresa e o seu contexto”, diz.


2. Foco apenas em um dos desafios

Geralmente logo na entrevista de emprego, um desafio é lançado ao profissional recém-contratado. Pode ser uma reestruturação de uma área, um novo projeto ou a criação de um departamento, por exemplo.

No entanto, isso não significa que esta seja sua única tarefa. É apenas uma das entregas esperadas e o erro de alguns é tomá-la como única.

“O risco é ser dragado por uma tarefa e perder a noção dos outros desafios”, explica Beatriz. Ela lembra que o profissional deve gerenciar seus próprios resultados e monitorar atividades concluídas em curto, médio e longo prazo.

3. Fazer muitas promessas

Ansiosos por ganhar o respeito e a consideração dos chefes, da equipe e dos pares, há quem aposte em promessas.

Garantem que entregarão resultados e geram expectativas. “E se esquecem de que não conseguem fazer nada sozinhos, que dependem dos outros para entregar o que prometem”, diz a sócia da Plongé.

Em meio a tantas promessas, a credibilidade do profissional pode sair arranhada, caso ele não consiga atingir todos os objetivos a que se propôs e anunciou a todos.

4. Não criar vínculos

Na linha da regra máxima para qualquer novato, a integração, um equívoco comum é pular uma etapa importante: a criação de vínculos com pessoas da empresa.

Todo profissional recém-chegado, seja em que nível estiver, deve construir alianças na nova empresa. Do contrário, ele pode ficar isolado, o que pode comprometer resultados e o clima de trabalho.

Mapear em que departamentos é importante ter o apoio dos pares e onde estão as possíveis resistências é a estratégia recomendada por Beatriz.

5. Trocar toda a equipe ao chegar

São frequentes os casos de profissionais que só trabalham com suas próprias equipes. “Isso nem sempre é saudável”, diz Beatriz.

Resultado: executivos assumem as cadeiras já rodeados de demissões para dar espaço aos “seus” profissionais de confiança.

Para Beatriz, ao não dar chance para as pessoas de fora do seu “séquito”, o profissional deixa de conquistar novos aliados e pode perder oportunidades de negócio importantes.

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