Carreira

5 ações simples que vão facilitar sua vida como chefe

Confira os conselhos do professor Guido Stein da IESE Business School e do consultor David García para quem acaba de assumir um cargo de liderança


	Reunião: estabelecer uma agenda para a primeira semana é uma das dicas
 (Michael Connors)

Reunião: estabelecer uma agenda para a primeira semana é uma das dicas (Michael Connors)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 14h00.

São Paulo – Assumir uma nova posição de liderança é ganhar também uma nova equipe. E, para conquistar resultados por meio do trabalho de todo o grupo, sua competência técnica, sozinha, pouco pode fazer.

Para a engrenagem funcionar é preciso estabelecer primeiro uma relação de confiança com colegas e subordinados. E estas 5 atitudes são catalizadoras neste processo, segundo Guido Stein da IESE Business School e o consultor David García, autores da nota técnica “Practical Guide to Settling Into a New Executive Position” (Guia Prático para se Estabelecer em uma Nova Posição Executiva, na tradução livre) publicada pela escola de negócios da Universidade de Navarra, na Espanha. Confira:

1. Marcar presença

Ocupe o seu lugar “ao sol”. Decoração da mesa ou da sala (para quem tem um ambiente exclusivo) ajuda neste processo, segundo os dois especialistas.

Começar a se aproximar da equipe é importante. Cumprimentar e conversar brevemente com as pessoas diretamente afetadas pela mudança de gestão é o segundo passo.

Em seguida, Stein e García indicam que o executivo estabeleça uma agenda para a primeira semana. O objetivo é deixar a equipe a par do que será feito nesta etapa inicial.

2. Planejar a comunicação

“Analise a estrutura da organização”, recomendam os dois especialistas. A leitura do ambiente é necessária já que cada tipo de audiência pede uma forma diferente de comunicação.

“Um erro comum é focar esforços na comunicação para o círculo mais próximo de colegas e informar o restante da organização por meio de um anúncio oficial”, dizem os autores na nota técnica publicada pela IESE Business School.

Um jeito simples de ganhar a aprovação de pessoas mais resistentes a mudanças é mandar mensagens curtas e persuasivas a respeito das razões e benefícios desta troca de bastão na empresa.

3. Ouvir as pessoas

Estar aberto para escutar o que as pessoas têm a dizer talvez seja uma das ações mais efetivas na hora de ganhar a confiança da equipe. Voltar a atenção (e os ouvidos) para o time permite ao executivo perceber o clima na empresa e notar como as pessoas estão lidando com as mudanças em curso.

Expectativas, preconceitos e críticas podem se revelar neste momento e serão ótimos subsídios para a elaboração da estratégia de comunicação mais efetiva.

Os autores também recomendam networking: aposte em contatos e alianças com pessoas de diferentes interesses na organização.

4. Agir como membro da equipe

Recrute pessoas de sua confiança para ajudá-lo a fazer as mudanças necessárias. É fundamental cercar-se de pessoas que poderão auxiliar na execução da nova estratégia, segundo os dois especialistas.

Um erro frequente é promover a mudança pela mudança. O ideal é perceber no que processos precisam ser aperfeiçoados e fazer a adequações necessárias sem que haja interrupção no fluxo de trabalho.

Os autores destacam ainda que reposicionar profissionais em cargos estratégicos para o negócio pode ter um impacto negativo em médio prazo. Isso ocorre quando o conhecimento que eles têm da operação é negligenciado e a estrutura organizacional é abalada no processo de mudança.

5. Superar resistências

Conte com as resistências que, invariavelmente, aparecem. Evite ameaças e tente entender o que pode estar atrapalhando o desempenho esperado de alguns profissionais.

Administre os receios da equipe explicando sempre por que as mudanças são necessárias. Perceber o que está gerando mal estar entre as pessoas da sua equipe permite traçar alternativas que solucionem a questão para os problemas que surgem.

Lance mão do suporte das pessoas acima de você na hierarquia, mas com parcimônia. De acordo com os especialistas, este é um recurso limitado. A responsabilidade de fazer as coisas darem certo é, de fato, quase inteiramente do líder direto da equipe.

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