(VioletaStoimenova/Getty Images)
Redatora
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 10h41.
No fim de 2024, analistas previam que 2025 seria um ano de forte crescimento nos negócios, desde que as empresas conseguissem manter altos níveis de engajamento entre os colaboradores.
Mas a previsão não se concretizou. Em abril, uma pesquisa da Gallup, empresa americana de análise de dados e consultoria global, revelou que o engajamento global de funcionários havia caído, com destaque negativo para os Estados Unidos e Canadá, onde os índices se aproximaram dos registrados na América Latina.
O estudo também apontou que o principal fator para a queda generalizada foi a baixa no engajamento dos próprios gestores. Nenhuma outra categoria profissional registrou tamanha desconexão com o trabalho quanto os líderes. As informações foram retiradas de Inc.
Um novo levantamento da plataforma norueguesa Kahoot! aprofunda essa crise de engajamento. Segundo o estudo, 46% dos líderes entrevistados estariam dispostos a abrir mão de seus cargos de chefia se isso significasse recuperar a motivação e o senso de pertencimento no trabalho.
A pesquisa também expõe um abismo entre a percepção dos líderes sobre si mesmos e o que de fato sentem. Apenas 47% dizem estar “plenamente engajados”, enquanto 79% acreditam que suas equipes os veem como “energizados”.
Essa diferença revela que existem líderes esgotados tentando sustentar uma imagem de entusiasmo e falhando em se conectar com suas equipes.
Além disso, 34% relatam sintomas de burnout frequente e 22% confessam se sentir emocionalmente desconectados do time com regularidade. O resultado direto dessa quebra de conexão são equipes desmotivadas, produtividade em queda e um ciclo difícil de reverter.
Quanto mais os líderes se sentem sobrecarregados, menos conseguem engajar suas equipes, o que, por sua vez, aumenta ainda mais sua pressão emocional. Romper esse ciclo exige coragem para reconhecer a exaustão e iniciativa para buscar apoio.
Uma liderança transformadora começa de dentro para fora. O primeiro passo é admitir que não há força inspiradora real sem alinhamento emocional. Líderes que reconhecem seus próprios limites e vulnerabilidades estão mais preparados para criar ambientes psicologicamente seguros, nos quais o engajamento floresce de forma autêntica.
Treinamentos, mentorias, trocas com outros gestores e programas de desenvolvimento focados em inteligência emocional são caminhos eficazes para retomar a motivação, restaurar o propósito e liderar com mais consciência.
A imagem clássica de um líder como alguém incansável, sempre pronto para motivar os outros, está obsoleta. A nova liderança exige sensibilidade, presença e disposição para aprender continuamente, inclusive sobre si mesmo.
Para os profissionais que ocupam ou almejam cargos de liderança, é importante ressaltar que títulos e bônus não sustentam uma carreira sem propósito.
Reavaliar prioridades, buscar apoio e cultivar habilidades emocionais são atitudes que não apenas evitam o esgotamento, mas também potencializam o impacto positivo que cada líder pode gerar.
Transformar a forma de liderar não é apenas uma escolha, mas uma necessidade para quem busca crescer na carreira.
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Essa é a oportunidade de se preparar para um mercado em constante mudança, aprendendo com especialistas e empresas que já estão moldando o futuro do trabalho.