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1. Quem mais sente a baixa demanda no mercado?
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1/42 (Thinkstock/Ridofranz)
São Paulo - O
mercado de trabalho está, de modo geral, em baixa no Brasil. Há algum tempo a enxurrada de
demissões deixou de ser restrita a setores como construção e indústria, e ganhou outras áreas, do varejo aos serviços. Resultado: 11% da população apta a trabalhar não consegue achar emprego. O cenário é ainda mais dramático para quem atua em áreas relacionadas a novos investimentos e negócios. É que, segundo os especialistas,
profissionais de áreas estratégicas ou ligadas a redução de custos têm sido mais poupados nas reestruturações. Nesta lista, reunimos as carreiras e profissões mais afetadas pela crise do mercado. Para isso, foram consultadas 15 consultorias de recrutamento e seleção. O resultado é desanimador: dezenas de carreiras e
profissões foram citadas pelos especialistas. Navegue pelas fotos para conferir quem são os profissionais que mais sofrem com a baixa demanda.
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2. Advogado da área de infraestrutura e construção
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2/42 (Dado Galdieri/Bloomberg)
O que faz: Assessora juridicamente empresas ou órgão públicos para a construção de portos, rodovias, hidrovias e outras obras de infraestrutura. Por que está em baixa: O baixo desempenho da economia reduziu drasticamente os investimentos em infraestrutura. Além disso, muitas empreiteiras que ofereciam empregos na área estão paralisadas por investigações da Lava Jato. Segundo Bianca Azzi e Fabio Salomon, da consultoria Salomon Azzi, a área deve se reaquecer num futuro próximo, mas por meio de empresas estrangeiras ou players nacionais de menor porte.
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3. Advogado da área imobiliária
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3/42 (Thinkstock/BrianAJackson)
O que faz: Cuida de contratos sobre incorporação, loteamento, compra e venda de terrenos, entre outros assuntos ligados ao mundo dos imóveis. Por que está em baixa: Segundo a Salomon Azzi, a área está em baixa desde 2013, por efeito da baixa nos negócios imobiliários. “É um mercado em queda, com poucos players”, diz Fabio Salomon. “Como o poder aquisitivo está caindo, as pessoas não conseguem pagar os boletos e muitas até devolvem o imóvel”.
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4. Advogado da área de mercados de capitais
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4/42 (Thinkstock)
O que faz: Elabora formulários e cuida de todo o rito jurídico necessário para que uma empresa abra capital e venda ações. Por que está em baixa: Numa economia recessiva como a brasileira, a captação está baixa e as empresas preferem não vender ações diz a consultoria Salomon Azzi. A queda no número de IPOs se traduz em menor demanda de advogados especializados na área.
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5. Engenheiro de petróleo
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5/42 (Sergio Moraes/Reuters)
O que faz: dedica-se à descoberta e à exploração de poços e jazidas de petróleo e gás natural. “Ele ainda é preparado para acompanhar a produção e o beneficiamento do produto extraído, gerenciar sua comercialização e o transporte de petróleo e seus derivados”, diz Jacqueline Resch, sócia da Resch Recursos Humanos. As petrolíferas, refinarias e indústrias petroquímicas são as empresas que contratam esse profissional.
Por que está em baixa: Mercado de petróleo está em baixa em todo mundo com o baixo preço do barril e, no Brasil, a crise da Petrobras também afeta toda a cadeia produtiva. “Como resposta à necessidade de reorganizar a Petrobras, houve uma forte pressão em todo o segmento de óleo e gás para reduzir investimentos que estavam previstos”, diz Diego Barbosa, consultor sênior de recrutamento da Kelly Brasil.
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6. Desenvolvedor web
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6/42 (racheocity / Flickr)
O que faz: Cuida da arquitetura e da programação de páginas online. Por que está em baixa: Segundo Marília Filippetti, consultora sênior de recrutamento em TI da Kelly Brasil, a popularização de plataformas que oferecem esse tipo de serviço a um custo atrativo contribuiu para a redução de vagas fixas para desenvolvedores web. “Além disso, é preciso mencionar a competitividade global com redes colaborativas de freelancers que executam esse trabalho a baixo custo”, explica ela.
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7. Executivo da área de relacionamento com investidores
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7/42 (Thinkstock/Zurijeta)
O que faz: trabalha em empresas de capital aberto em contato com investidores, analistas e acionistas para transmitir informações financeiras, posicionamento e plano de negócios em longo prazo com o objetivo de buscar alternativas de financiamento.
Por que está em baixa: redução de custos por conta do cenário incerto tem impacto na área de relação com investidores. “O volume de novos projetos diminuiu (e, por consequência, a necessidade de captação de recursos) e algumas empresas fecharam capital”, diz Felipe Brunieri, gerente da divisão de finanças e tributário da Talenses.
Alexandre Kalman, da consultoria Hound, também aponta o baixo número de IPOs nos últimos 12 meses, muito diferente do período entre 2007 e 2009. A carreira também é apontada por Caroline Cadorin, gerente da Hays, como uma das menos aquecidas do momento, sobretudo pela queda no interesse de investidores locais e externos.
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8. Profissional de planejamento estratégico
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8/42 (Thinkstock/Yuri Arcurs)
O que faz: Atua como facilitador na definição e execução da estratégia corporativa a médio e longo prazo.
Por que está em baixa: Em meio às turbulências políticas e econômicas dos últimos meses no Brasil, fica difícil para a maior parte das empresas definir um plano estratégico de médio e longo prazo. A consequência desse momento de impasse éi um impacto significativo na demanda do profissional de planejamento estratégico, diz Alexandre Kalman, da Hound.
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9. Gerente de expansão do varejo
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9/42 (Thinkstock/Wavebreakmedia Ltd)
O que faz: Prospecta novas possibilidades no mercado para abrir novas lojas e, assim, expandir uma rede. Por que está em baixa: “Em função do momento econômico vivido pelo país, as empresas não de olho em novas unidades, mas sim preocupadas em manter saudáveis as que já existem”, diz Martina Zago, gerente da consultoria Randstad Professionals. Caroline Cadorin, gerente da consultoria Hays, faz uma avaliação parecida. Este profissional tem sido cada vez menos demandado por causa dos resultados insatisfatórios do varejo, um dos setores mais prejudicados pela crise no Brasil. Em vez de criar novas lojas, as empresas estão reduzindo ou até fechando operações.
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10. Gerente de recrutamento e seleção
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10/42 (Thinkstock/crossstudio)
O que faz: busca profissionais no mercado e conduz o processo de seleção.
Por que está em baixa: “no momento, com a crise econômica, o movimento da maioria das empresas é de reduzir e não de contratar profissionais”, diz Jacqueline Resch, sócia da RESCH Recursos Humanos. De acordo com Martina Zago, gerente da consultoria Randstad Professionals, o mercado tem preferido optar por profissionais com olhar mais generalista dentro das estruturas de recursos humanos.
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11. Gerente de produção
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11/42 (Thinkstock/m-imagephotography)
O que faz: Faz o gerenciamento do processo produtivo das indústrias. Por que está em baixa: “Devido à grande redução do volume de negócios e, consequentemente, da produção, a posição é diretamente afetada,’ afirma Martina Zago, gerente da consultoria Randstad Professionals.
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12. Gerente ou analista de projetos
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12/42 (Thinkstock/ViktorCap)
O que faz: é responsável pelo portfólio de projetos, cuidando de custos, prazos e processos.
Por que está em baixa: Apesar da importância deste profissional para o bom desempenho das empresas, o foco na redução de custos faz com que muitos projetos estejam sendo postergados. O resultado é o corte de oportunidades na área, avalia Ricardo Haag, diretor da Page Personnel.
A mesma avaliação é feita pela Hays e pela People Oriented Consultoria. Profissionais de projetos têm sido menos demandados porque as empresas têm restringido investimento na construção de novas plantas, expansão de linhas produtivas e desenvolvimento de produtos.
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13. Engenheiro civil
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13/42 (Ueslei Marcelino/Reuters)
O que faz: projeta e gerencia a construção de empreendimentos imobiliários, construção civil e infraestrutura. Por que está em baixa: mercado imobiliário e setor da construção civil são alguns dos setores mais afetados pela crise econômica, segundo os especialistas consultados. Além das quedas nos números de lançamentos e de novos projetos, os escândalos tornam ainda pior a situação do mercado para profissionais da construção. “Diante da crise com grandes empreiteiras do país, devido às implicações na Operação Lava Jato, além da falta de crédito para as menores atuarem, todo o setor foi afetado”, diz Marcela Mendonça, Sócia Diretora do Fesap Group. As consultorias Page Personnel e Hays também apontam a queda nos investimentos em infraestrutura e incorporação e o esfriamento do mercado imobiliários para explicar a baixa demanda.
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14. Analista de eventos
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14/42 (Thinkstock/kasto80)
O que faz: Organiza, gerencia e faz análises relativas a todos os eventos corporativos realizados pela empresa.
Por que está em baixa: A crise econômica promove corte de custos em áreas consideradas não essenciais para os resultados das empresas. Além disso, segundo a Page Personnel, companhias com dificuldades financeiras tentam substituir eventos caros e complexos por outros menores e mais simples, o que elimina a necessidade de destacar um profissional apenas para gerenciá-los.
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15. Analista de tesouraria simples
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15/42 (Thinkstock/VikZa)
O que faz: Cuida de rotinas financeiras, tais como contas a pagar, receber, fluxo de caixa e cobranças.
Porque está em baixa: Em meio a reestruturações causadas pela crise, muitas empresas têm reduzido a quantidade de funcionários no departamento, e aumentado o volume de responsabilidades para os que foram mantidos. A avaliação é da Page Personnel.
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16. Analista de controles internos
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16/42 (Thinkstock)
O que faz: Responde pela elaboração e monitoramento dos objetivos, normas e procedimentos estabelecidos pela administração da empresa.
Porque está em baixa: Diante de um cenário econômico em contração, muitas companhias estão cortando investimentos em projetos e plataformas destinadas ao aumento de controles internos, aponta a Page Personnel. A prioridade, agora, são alavancas para aumentar a receita e diminuir custos.
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17. Analista de orçamentos
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17/42 (Thinkstock/BernardaSv)
O que faz: É responsável pela elaboração de orçamentos e estudos de maximização de resultados junto à área comercial.
Por que está em baixa: A maioria das companhias tem sofrido com a diminuição da receita e do volume de orçamentos. Segundo a Page Personnel, muitos gestores entendem que apenas um profissional na área, muitas vezes em nível assistente, é suficiente para suporte à área comercial.
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18. Engenheiro de vendas
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18/42 (Ivelin Radkov/ThinkStock)
O que faz: Prospecta clientes para produtos e serviços, além de atuar na elaboração de propostas técnicas comerciais e no atendimento de pós-venda. Por que está em baixa: Segundo a consultoria Hays, a crise faz com que muitas empresas diminuam investimentos na área de vendas, o que afeta inclusive o recrutamento de profissionais com essa especialidade.
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19. Analista de treinamento
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19/42 (Arne Trautmann/Thinkstock)
O que faz: identifica técnicas e necessidades de desenvolvimento dos funcionários de uma empresa. Elaborar e coordenar treinamentos internos ou externos são algumas das suas atribuições. Por que está em baixa: As empresas acabam investindo menos em treinamento em períodos de crise, pois todos os custos precisam ser reduzidos. Essa tendência afeta fortemente a contratação na área, avalia a Hays.
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20. Gerente ou especialista em desenvolvimento organizacional - universidade corporativa
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20/42 (Thinsktock/monkeybusinessimages)
O que faz: é o responsável pela universidade corporativa e pelos projetos de desenvolvimento dos profissionais de todos os níveis da empresa.
Por que está em baixa: orçamentos para recursos humanos encolheram por conta da recessão. “Como a universidade corporativa muitas vezes possui uma estrutura cara e é considerada um investimento da companhia tem sido reduzida”, diz Helena Magalhães, sócia da People Oriented Consultoria. O fato de não ser vital para os resultados é o motivo apontado pela consultoria Hays para a falta de demanda por profissionais desta área.
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21. Profissional de trade marketing
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21/42 (Thinkstock)
O que faz: Cuida da montagem de novas lojas, acompanha as instalações visuais e cuida da apresentação e posicionamento dos produtos. Por que está em baixa: De acordo com a Hays, a empregabilidade deste profissional sofre diretamente com os resultados ruins do varejo, um dos setores mais afetados pela crise econômica.
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22. Engenheiro naval
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22/42 (thinkstock)
O que faz: projetos e produção de embarcações, plataformas e infraestrutura marítima. “Pode atuar no escritório de projetos (design) nas empresas classificadoras, nos estaleiros (fabricação e montagem) e um número menor de profissionais também atua no planejamento”, diz Jacqueline Resch, da Resch Recursos Humanos. Por que está em baixa: como as funções do engenheiro naval estão frequentemente atreladas à construção de plataformas de petróleo, o profissional perdeu atratividade, na avaliação da consultoria Hays. Vale destacar que a crise é mundial no setor de petróleo em razão do baixo valor do barril. “Além disso, no Brasil, o escândalo na Petrobras agrava o cenário acarretando na falta de investimentos”, diz Gabriel Almeida, gerente da divisão de engenharia e logística da Talenses. Poucos profissionais conseguem emprego agora na área e, quando conseguem, é no exterior – China e Singapura, segundo Jacqueline. “No Brasil, apenas a ICN – Itaguaí Construções Navais manteve seus profissionais, porém sem novas contratações, já que é a empresa responsável pela construção de submarinos nucleares”, diz a sócia da Resch Recursos Humanos.
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23. Engenheiro de produção
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23/42 (Thinkstock/Digital Vision.)
O que faz: Cuida do equilíbrio dos recursos humanos, financeiros e físicos de uma companhia, com foco na rentabilidade do negócio. Por que está em baixa: Com a desaceleração da cadeia produtiva causada pela crise, os empregadores estão enxugando seus quadros de engenheiros e coordenadores de produção. Os poucos que ficam precisam gerir equipes maiores, aponta a consultoria Hays.
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24. Analista ou coordenador de QSSMA (Qualidade, saúde, segurança e meio ambiente)
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24/42 (Thinkstock/Huntstock)
O que faz: planeja e executa políticas para determinar fatores e riscos de acidentes em empresas, além de gerir auditorias ambientais. Por que está em baixa: A área esteve em alta entre 2010 e 2015, pela chegada com força de políticas corporativas de SSMA às operações no Brasil. Segundo a Hays, esse cenário mudou em meados do ano passado, quando houve uma queda geral de investimentos das empresas em suas operações. Na crise, muitas companhias limitam-se a executar as rotinas de saúde, segurança e meio ambiente previstas na lei, o que reduz o tamanho das equipes.
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25. Gerente de perfuração / Directional driller
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25/42 (Thinkstock/nakaret4)
O que faz: responsável pela perfuração de novos poços de petróleo tanto em terra quanto mar.
Por que está em baixa: a queda no preço do barril e a péssima situação da Petrobras resultaram na diminuição da prospecção de novos poços, segundo Helena Magalhães, da People Oriented. “Funções especializadas estão em baixa, em função do momento do setor”, afirma Karim Warrak, sócio diretor do Fesap Group.
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26. Executivo de marketing/ comunicação/ marca/ gerenciamento de produtos
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26/42 (Thinkstock/Ingram Publishing)
O que faz: profissionais mais corporativos atuam com desenvolvimento de marca e estratégias de comunicação interna. Também podem trabalhar no lançamento e gerenciamento de produtos.
Por que está em baixa: com a crise a área, que já não é muito desenvolvida em empresas industriais, está em menor evidência, segundo aponta Mariciane Gemin, vice-presidente e sócia do Fesap Group.
“As empresas diminuíram o investimento neste segmento e estão direcionando recursos para áreas de redução de custos”, afirma Marcelo Olivieri, diretor da Trend Recruitment. Martina Zago, gerente da consultoria Randstad Professionals, cita ainda a baixa demanda de gerentes de marketing e seu argumento vai na mesma linha. “As empresas têm investido mais em áreas que, ao contrário do marketing, trazem retornos em curto prazo”, diz.
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27. Profissional de pesquisa e desenvolvimento
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27/42 (Getty Images)
O que faz: criação e/ou desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e inovações. Segundo Gabriel Almeida, gerente da divisão de engenharia e logística da Talenses, a atuação desse profissional é técnica e direcionada a novas aplicações e soluções.
Por que está em baixa: “a área de P&D requer muito investimento (laboratórios, capacitação, equipamentos etc), mão de obra extremamente qualificada e muito tempo para a pesquisa, o que vai na contramão do cenário atual da economia e mercado”, diz Almeida.
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28. Profissional da área de mineração
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28/42 (André Valentim/EXAME.com)
O que faz: atua em toda a cadeia desde a extração, processamento e distribuição para as indústrias consumidoras de minérios.
Por que está em baixa: a mineração está em crise em razão da queda no preço das commodities - causada pelo aumento da oferta global e pela desaceleração das economias – da alta no dólar e da competitividade. A crise brasileira também contribui para a baixa demanda por profissionais do setor, segundo Gabriel Almeida, gerente da divisão de Engenharia e Logística da Talenses. Segundo a Hays, o foco das empresas ligadas à mineração está na excelência operacional: é preciso obter mais resultados com menos funcionários.
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29. Executivo de novos negócios/ fusões e aquisições
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29/42 (Thinkstock/anyaberkut/Thinkstock)
O que faz: avaliação econômico-financeira de projetos de investimentos externos, análise de mercado e de concorrência e prospecção de potenciais novos negócios. Também conduz o processo de fusão e aquisição, da concepção às rodadas de negociação.
Por que está em baixa: empresas adiaram seus planos de novos investimentos e de fusões e aquisições. “Isso fez com que estruturas fossem reduzidas e suas atividades absorvidas por outras áreas, já que estão com menor volume de trabalho do que o normal”, diz Felipe Brunieri, gerente da divisão de finanças e tributário da Talenses. Em multinacionais estrangeiras é comum que a área tenha migrado para o exterior.
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30. Analista mainframe
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30/42 (Ingram Publishing/Thinkstock)
O que faz: cuida de sistemas de alta plataforma (robustos e com muitos clientes), na maioria das vezes, sistemas bancários.
Por que está em baixa: atualmente há uma grande migração para os sistemas de baixa plataforma (sistemas que rodam em PC), já que o mainframe é um pouco mais antigo, e sua adoção tende a diminuir, segundo os sócios da Conquest One, Marcelo Vianna e Antonio Loureiro. A boa notícia é que a alta plataforma não deve acabar, segundo os especialistas, o que abre caminho para que profissionais se especializem em outras tecnologias.
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31. Programador Delphi
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31/42 (Thinkstock/Huchen Lu)
O que faz: é responsável pelas fases de elaboração de requisitos e da programação de sistemas. Desenvolve, testa e implementa em sistemas em Delphi.
Por que está em baixa: o mercado evoluiu e trouxe novas linguagens de programação. A migração caminha, segundo os sócios da Conquest One, Marcelo Vianna e Antonio Loureiro, para linguagens Java e Dot.Net, que também são orientadas a objeto. Estudar essas linguagens pode ser uma boa opção para quem é acostumado com a linguagem Delphi, segundo os dois especialistas.
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32. Programador C
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32/42 (hackNY / Flickr)
O que faz: desenvolve softwares na linguagem C. Programa, codifica e testa sistemas. Também executa a manutenção dos sistemas, fazendo eventuais correções. Desenvolve ainda trabalhos de montagem, depuração e testes de programas, executando serviços de manutenção nos programas já desenvolvidos.
Por que está em baixa: Assim como a Delphi, a linguagem C tende a ser substituída pela Dot.Net (em grande parte dos casos), de acordo com os ócios da Conquest One, Marcelo Vianna e Antonio Loureiro. Especialização em novas linguagens é a saída indicada por eles.
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33. Engenheiro (recém-formado) e profissional da indústria automotiva
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33/42 (Thinkstock/welcomia)
O que faz: atua em diversas etapas da produção industrial de veículos.
Por que está em baixa: o setor automotivo sente fortemente os efeitos da crise e com isso engenheiros menos experientes não estão mais sendo absorvidos pelo mercado, segundo Mariciane Gemin, vice-presidente e sócia do Fesap Group.
A volta do IPI para veículos também causou queda na demanda para veículos novos entre 2015 e 2016 e isso afetou toda a cadeia automotiva, segundo a consultoria Hays.
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34. Executivo de relações governamentais
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34/42 (Getty Images)
O que faz: representa os interesses da sociedade perante os órgãos do governo responsáveis por políticas públicas que influenciam diretamente organizações privadas. “É o interlocutor das empresas ou instituições com poderes Executivo e Legislativo, agências ou órgãos reguladores e associações de classe”, diz Tauan Mendonça - sócio da consultoria VITTORE Partners. Por que está em baixa: incerteza política tem prejudicado o diálogo entre os setores privado e público e por isso houve queda na demanda por novas contratações. “As movimentações que ocorrem no mercado são substituições naturais de profissionais em razão da saída de um executivo de uma empresa para outra”, diz Mendonça. Ele também destaca a dificuldade em identificar profissionais qualificados de relações governamentais que estejam dentro do novo perfil exigido pelas empresas: expertise técnica, formação acadêmica, fluência em outros idiomas, além de visão e mentalidade profundas em compliance. Mendonça projeta para 2018, ano das novas eleições, uma possível melhora no cenário para esses profissionais.
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35. Arquiteto/decorador
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35/42 (Thinkstock/silkwayrain)
O que faz: planeja e executa projetos de renovação ou decoração, residenciais e comerciais. Por que está em baixa: a crise espantou projetos do orçamento das empresas e das famílias. “A redução de lançamentos de imóveis também foi um fator que prejudicou esses profissionais”, diz Lucia Costa, diretora-geral da STATO.
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36. Gerente e vendedor de varejo
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36/42 (Thinkstock)
O que faz: venda de produtos no varejo e gestão de equipes de vendedores. Por que está em baixa: “a estagnação da economia, a alta dos juros e a inflação prejudicaram o poder de compra dos brasileiros e provocaram queda nos números de vendas do setor varejista o que afetou o mercado para profissionais dessa área ”, diz Lucia Costa, da STATO.
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37. Agente de turismo
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37/42 (Iryna_Rasko/Thinkstock)
O que faz: consultoria e atendimento a interessados em viajar.
Por que está em baixa: crise e alta do dólar fizeram cair o número de viagens. “Além disso, passa a ser mais simples e vantajoso o próprio viajante pesquisar todo seu pacote pela internet”, diz Lucia Costa, da STATO.
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38. Corretor imobiliário
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38/42 (Thinkstock)
O que faz: intermediação entre quem quer comprar ou alugar um imóvel e o atual proprietário.
Por que está em baixa: com crédito imobiliário menos acessível e os preços de imóveis mais altos há dificuldade em fechar novos negócios. Lucia Costa, diretora-geral da STATO também cita as ferramentas online que permitem aos compradores fechar negócio diretamente com proprietários como mais um aspecto que prejudica o mercado para os corretores.
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39. Jornalista
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39/42 (Thinkstock/RGtimeline)
O que faz: Pesquisa temas e matérias, sugere pautas, redige reportagens, entrevistas e artigos e colhe imagens e sons a serem divulgados em jornais, revistas, televisão, rádio e internet.
Por que está em baixa: “mercado passa por grande reestruturação, o que tem causado muitos cortes”, diz Joseph Teperman, sócio da consultoria INNITI.
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40. Dentista
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40/42 (Thinkstock/milosljubicic)
O que faz: cuida da saúde bucal, trata de doenças dentárias e restaura ou substitui dentes danificados.
Por que está em baixa: o mercado está saturado, segundo Joseph Teperman, da INNITI. “Profissionais estão exercendo dupla ou tripla jornada para complementar a renda”, diz.
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41. Gerente de publicidade
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41/42 (Thinkstock/alphaspirit)
O que faz: responsável pelas campanhas da empresa e anúncios em grandes veículos.
Por que está em baixa: custo tem sido uma das maiores preocupações das companhias e, por isso, anúncios tradicionais em TV e revistas estão sendo substituídas por campanhas digitais, mais baratas e com bom nível de eficiência, segundo Helena Magalhães, sócia da People Oriented.
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42. Agora, confira as carreiras que ainda batem um bolão
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42/42 (Thinkstock/Fuse)