Carreira

4 pontos que afastam qualquer gênio do sucesso profissional

Ser inteligente cria oportunidades, mas para aproveitá-las é necessário prestar atenção em mais coisas


	Criança inteligente: nem sempre os melhores alunos têm grandes trajetórias no mercado
 (Thinkstock)

Criança inteligente: nem sempre os melhores alunos têm grandes trajetórias no mercado (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 16h24.

São Paulo – Ser conhecido como o melhor da classe tem suas vantagens. Aliás, o termo "nerd" virou moda e tem se tornado um estilo de vida que vai além de usar óculos e sweater. Mas será que ter fama de inteligente basta para para trilhar um caminho de sucesso no mercado de trabalho?

A professora Tania Casado, coordenadora do Procar (Programa de Vida e Carreira da FEAUSP), ajuda alunos de alto rendimento da instituição a traçar planos e metas para suas vidas profissionais. Mais de uma vez ela já foi procurada por grandes empresas para indicar os estudantes que tinham as maiores notas da faculdade.

“Não importa qual a formação da pessoa. O trabalho a gente ensina”, diziam os recrutadores. Eles procuravam pessoas de capacidade intelectual elevada nas áreas de economia, administração, contabilidade ou ciências atuariais, acreditando que as tarefas do dia-a-dia seriam facilmente aprendidas por esses "gênios".

Acontece que, mesmo gerando mais oportunidades, ter um boletim excelente não basta para conseguir um emprego e, muito menos, para mantê-lo. Para Eduardo Ferraz, consultor em gestão de pessoas, é comum ver candidatos com um alto QI que não conseguem manter uma conversa, nem citar exemplos de convivência durante o processo seletivo de uma empresa .

“O QI você percebe no currículo, a parte emocional, na entrevista”, diz o consultor. Esse segundo tipo de inteligência tem a ver com autoconhecimento e interação com os colegas de trabalho. Quem desenvolve essas habilidades consegue perceber em que erra, quando é hora de ficar quieto e qual o melhor momento e forma de dizer o que é necessário. Agir dessa maneira cria mais chances de evoluir na carreira.

No entanto, a boa notícia para quem tem dificuldades nessa área vem agora: "o QI não muda depois da vida adulta, mas os hábitos de convivência podem ser aperfeiçodos", afirma Ferraz. Veja algumas dicas para ficar atento:

Reputação

Ter um bom network é essencial para garantir oportunidades, mas para receber indicações interessantes, é preciso ser conhecido por suas habilidades.

Para Tania Casado, ser um aluno bem avaliado desde a graduação gera respeito por parte dos colegas de classe, que são os primeiros contatos profissionais que desenvolvemos.

Ferraz ressalta, entretanto, que não basta ser lembrado como o mais esperto da sala. É preciso que as pessoas não se recordem desse aluno como alguém arrogante ou antissocial. Logo, vale prestar atenção no convívio com os colegas durante o curso.

Reciprocidade

Para não passar despercebido, é indicado que se busque os amigos de faculdade para prestar ajuda. Assim, os colegas podem agir de forma recíproca, retribuindo favores.

A professora da FEA diz que ninguém se mantém em uma rede se não auxiliar os demais quando esses estão em apuros.

Viva no presente

O fato de ter sido um excelente estudante no passado, não o faz um profissional capacitado hoje. “Vivemos em uma era em que o conhecimento expira rápido”, diz Tania.

Manter-se atualizado é essencial para progredir e o cenário atual mostra que a capacidade de se adaptar é importante para se fazer necessário no ambiente de trabalho.

Menos títulos e mais qualidade

Na busca por um currículo que impressione os recrutadores, muitas pessoas correm atrás de mais cursos universitários e acumulam diplomas de três, ou mais, faculdades. Outros investem na pós-graduação, partindo para mestrados e doutorados. Nas duas situações, o risco é a falta de planejamento.

Para Ferraz, uma pessoa com muitas formações pode parecer alguém perdido profissionalmente. Em geral, quem se encaixa nesse quadro, não sabe explicar muito bem o porquê de tantos títulos, dizendo apenas que “gosta de estudar”.

O ideal é investir na qualidade e não na quantidade de cursos, mantendo uma linha lógica entre a atuação no mercado e a formação. Dessa forma evita-se ainda que haja discrepância entre a vida acadêmica e a experiência na área.

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