Ilustração - Campo de futebol com placar (Francisco Martins/EXAME)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 13h57.
No último fim de semana, a rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol foi repleta de polêmicas. Em frente à televisão, como bom torcedor, fiquei observando algumas expressões. Vamos a um bate-bola linguístico?
1. AFICCIONADO?
Muitos comunicadores creem na existência do termo “aficcionado”. Opa! Nada de colocar um “c” a mais: a forma correta é “aficionado”. Assim sendo, diz-se que os algozes goianos são aficionados pelo gol.
2. VEREDITO?
Após o belo clássico em Itaquera, o comentarista escreveu no blog que o árbitro, no momento exato, havia dado o “veredito”. Nada disso! A forma correta é “veredicto”, com a letra “c”, que provém do latim “veredictum” e significa “verdadeiramente dito”.
3. PRETENCIOSO?
Registrar que o árbitro, no clássico entre Flamengo e Fluminense, foi “malicioso” e “tendencioso” é sim adequado às vertentes da língua-padrão. O que não vale é o registro de “pretencioso”, com a tal letra “c”.
Vejamos: a palavra “pretensioso” provém de “pretensão” e não pode deixar o “s”, aqui, fora da escalação. O árbitro? Na visão dos flamenguistas? Foi “malicioso”, “tendencioso” e PRETENSIOSO.
4. VITÓRIA PRESCINDÍVEL?
Ouvir que a vitória foi prescindível causou confusão. Em um campeonato, principalmente para quem pensa em ser campeão ou pensa em se livrar do rebaixamento, não há vitória prescindível.
A palavra “prescindível” significa “pôr de lado”, “renunciar”, “não fazer caso”. Em uma situação de bom-senso, existe time que “não faz caso” de vencer? O Palmeiras? Só pode ser chacota.
Certamente, o locutor gostaria de ter pronunciado que a vitória, contra o esperto Goiás, seria IMPRESCINDÍVEL.
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