Carreira

4 conselhos para quem odeia o próprio trabalho

Segundo especialista, quando o gosto pela rotina profissional acaba, a melhor solução nem sempre é buscar um novo emprego

Homem e laptop (Dreamstime)

Homem e laptop (Dreamstime)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 07h27.

São Paulo – Os dedos cruzados para que o final de semana chegue logo nunca foram tão comuns e as horas dedicadas ao expediente, tão extensas. Os sinais estão claros: de tão insatisfeito, você já entendeu que o amor já sumiu na sua relação com a carreira. No lugar, apareceu o mais primário dos sentimentos: o ódio.

Se você se identificou com todo esse cenário, é hora de respirar fundo. Correr para outro emprego sem avaliar os fatos (e você mesmo) pode ser um passaporte para mais frustração profissional.

1. Faça um check up

“Não adianta simplesmente fugir”, afirma Othamar Gama Filho, da Recruiters. “Muitas vezes, o problema está na própria pessoa e em como ela lida com isso”. Em outras palavras, nenhum emprego será perfeito, se você não aprender a encarar os ossos do ofício.

A dica para que o descontentamento com as atividades profissionais não vire padrão na sua carreira, é fazer um mergulho para dentro de si. Isso mesmo. A ideia, neste ponto, é avaliar criticamente cada uma das reações e comportamentos que você assume no ambiente de trabalho. E buscar meios para reverter isso e se reinventar.

“Há quem mude de emprego várias vezes e só depois de 15, 20 anos descobre que era ele quem precisava mudar”. E não o ambiente.
 

2. Coloque as cartas na mesa

Agora, é fato que, muitas vezes, o erro está sim na maneira como a companhia conduz algumas políticas internas. Aí, é hora de abrir o jogo com a chefia e expor o que incomoda no ambiente. Mas, segundo Gama Filho, não basta apenas reclamar e bater o pé. É preciso sugerir soluções viáveis para que o ambiente seja mudado.


3. Valorize seu passe

Se as duas alternativas não forem suficientes e, realmente, nada mudar dentro de você, então, deve ser hora de partir para outra. “A boa notícia é que o Brasil está vivendo um momento muito otimista para os profissionais”, diz o especialista.

Mas isso não significa que você pode jogar tudo para o alto e, do dia para a noite, deixar suas atuais funções. É preciso se preparar para uma reviravolta na carreira.Em outros termos, volte a estudar, busque melhorar seus resultados, crie métodos para valorizar o seu passe.


4. Não troque seis por meia dúzia

Não aceite qualquer proposta de emprego apenas para fugir da atual situação. Antes, avalie quais são as reais condições de trabalho da companhia que está oferencendo a proposta. Alguns itens, como cultura meritocrática e até políticas voltadas para responsabilidade social, podem indicar quais são os reais valores da companhia e se eles são coerentes com os seus.

Busque o máximo possível de informações sobre a companhia com terceiros. E, na hora de entrevista, não tenho medo de fazer as perguntas certas para o recrutador.

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