Flávio Rocha, da Riachuelo: ter largado a graduação é um arrependimento (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2016 às 15h00.
Filho de um dos fundadores do grupo Guararapes-Riachuelo, Flavio Rocha começou a trabalhar na fábrica de tecidos da família com 14 anos. Hoje, é presidente da rede Riachuelo e responsável por diversas transformações que alavancaram a empresa nos últimos anos.
Sob sua gestão, a rede alcançou a marca de 260 unidades, 561,4 mil metros quadrados de área de vendas e valor de mercado de 5,1 bilhões de reais. Nosso modelo de negócios é o que Harvard batizou de ‘fast fashion’. Ele se baseia menos no planejamento e mais na velocidade de resposta. Nós temos uma coisa que ninguém consegue fazer no Brasil: temos 10 dias de ‘lead time’ entre nossas fábricas e nossas lojas, explica.
A seguir, veja quatro dicas que ele compartilhou com exclusividade com os leitores do Na Prática, e que fazem parte do minicurso por email Conselho de CEO – Aprenda sobre a carreira em gestão empresarial com grandes líderes.
Dica 1: Tenha um propósito
Você só será bem-sucedido se fizer o que te emociona, o que te move. Para Flavio Rocha, a compensação material – embora importante – deve vir em segundo plano nas suas escolhas profissionais, e acaba se tornando uma consequência no futuro.
Dica 2: Não menospreze a graduação
Um arrependimento dele é ter largado o curso de graduação na FGV (Fundação Getúlio Vargas) um ano antes de se formar. Esqueça os drop outs célebres, como Bill Gates, Steve Jobs e Mark Zuckerberg…. A graduação é importante. Flavio compensou depois essa lacuna com cursos de extensão
Dica 3: Tenha uma visão integrada
Não enxergue o negócio como uma série de fatias ou de partes independentes. Tenha uma visão holística, de fluxo, que vai da produção até a venda, e faça com que os departamentos trabalhem em sinergia. Como em um jogo de xadrez, não adianta ter peças eficientes para conseguir o melhor resultado. A eficiência vem da interação das peças entre si.
Dica 4: Não existe sucesso sem equilíbrio
O modelo de trabalho workaholic, muitas vezes elogiado, não traz realização plena nem felicidade – tampouco sucesso. Para ser bem-sucedido, é preciso ter equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
* Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar