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3 casos clássicos em que a crase é opcional

Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional, descreve os três casos clássicos em que a crase pode ou não aparecer

13º Diagramador de livros e jornais (Thinkstock/Thomas Bethge)

13º Diagramador de livros e jornais (Thinkstock/Thomas Bethge)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2015 às 08h38.

Nesta semana, abordaremos os casos facultativos de crase. Casos em que o acento pode ou não aparecer. 

É importante nós nos lembrarmos de que crase é um fenômeno fonético cujo conceito se estende a toda fusão de vogais iguais, e não só ao "a" acentuado. Em palavras como “álcool” ou “Mooca”, o som de “o” funde-se, e não gera polêmica alguma. 

A fusão em “a” é facultativa em três casos clássicos: 

1. Antes de pronome possessivo com substantivo feminino no singular, já que no plural é obrigatória a crase:

“Dirigiu-se à/a minha empresa.”

Nota: “Dirigiu-se às minhas empresas.”

2. Antes de nome próprio feminino: 

“As encomendas eram feitas à/a Alice.”

3. Com a preposição “até”:

A citada preposição indica o limite, o movimento e – acompanhando substantivo com artigo (definido ou indefinido) – pode vir ou não seguida da preposição "a".

“Caminharam até à/a escola.”

Apesar de essa ser a visão que impera entre os estudiosos, os termos “distância”, “após”, “casa” e outros passíveis de ambiguidade sustentam polêmicas sem-fim. 

Em se tratando de crase, indico que complementem a leitura com os bons autores de gramática Bechara, Houaiss, Sacconi, Caldas Aulete, Napoleão, Aurélio, Cláudio Moreno, Pasquale, Luft, Cunha e Cintra, Savioli.

Um grande abraço, até a próxima e siga-me pelo Twitter!

Diogo Arrais
@diogoarrais
Professor de Língua Portuguesa – Damásio Educacional
Autor Gramatical pela Editora Saraiva
Acompanhe tudo sobre:Dicas de PortuguêsGramática

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