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1. O novo mercado de trabalho
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1/20 (Getty Images)
São Paulo – Há seis anos, a primeira geração do iPhone (e sua revolucionária tela sensível ao toque) foi apresentada ao mercado. O Facebook ainda era uma rede social hostil à cultura do brasileiro – que ainda estava vidrado nas possibilidades do ... Orkut. A camada do pré-sal ainda não havia sido desbravada. O termo BRIC ainda era uma sigla remota para muita gente fora do mercado. E poucos imaginavam que, em um ano, a então maior economia do mundo viveria uma crise econômica comparável a grande recessão de 1929. De lá para cá, muita coisa mudou na maneira como encaramos o mundo, nos relacionamos, compramos, vendemos, estudamos e trabalhamos. Esta nova forma de estar no mundo trouxe novas demandas para o mercado e como consequência direta: novas
carreiras e oportunidades profissionais surgiram em resposta. EXAME.com conversou com recrutadores dos mercados de tecnologia, direito, mercado financeiro e marketing para entender quais as
profissões que surgiram (ou foram repaginadas) e se consolidaram no período.
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2. Gerente de Trade Marketing
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2/20 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Até pouco tempo, anúncios na televisão e em revistas e jornais dominavam as estratégias de marketing das grandes empresas. “Hoje, a decisão do consumidor é influenciada por outros fatores”, diz Carlos Eduardo Altona, sócio da EXEC. “E, muitas vezes, ele decide no próprio ponto de venda”. Por isso, nos últimos cinco anos, o gerente de trade marketing despontou nas empresas de consumo como o responsável por traduzir a estratégia de marketing da companhia na operação do ponto de venda. “É ele quem elabora e executa as promoções no ponto de venda em conjunto com o varejista. Negocia, por exemplo, em qual gôndola o produto será exposto, se terá degustação ou não”, afirma o especialista.
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3. Especialista na área de Mobile Marketing
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3/20 (Divulgação)
De cada dez celulares em uso no Brasil, quatro são smartphones, segundo dados do Ibope divulgados em janeiro e referentes ao primeiro semestre do ano passado. E a expectativa é que este mercado se expanda nos próximos anos. Com tanta gente conectada em dispositivos móveis, a publicidade encontrou uma nova fronteira para engajar pessoas. Neste cenário, de acordo com especialistas, o profissional de mobile marketing tem o desafio de adaptar ou criar novas estratégias que se adaptem a este mercado e como se posicionar de acordo com a marca.
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4. Analista de SEO
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4/20 (REUTERS/Mark Blinch)
Para se destacar no sistema de buscas do Google (ou outras ferramentas do tipo disponíveis na internet), os sites precisam ser elaborados (e alimentados) com base nos fundamentos de SEO (Search Engine Optimization). Para responder a esta demanda, os especialistas em SEO têm a função de explorar estes recursos e criar estratégias para que a página não seja punida pelos robôs do Google, ou de outras ferramentas de busca. Não há uma formação específica para a área, mas geralmente, os profissionais são oriundos das áreas de TI e conteúdo.
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5. Gestor de mídias sociais
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5/20 (Flickr//jasonahowie/CC)
Engana-se quem pensa que a rotina de trabalho de um analista de mídias sociais se resume a passar o dia clicando no botão curtir do Facebook ou tuitando. O dia a dia depende de estratégia, um profundo conhecimento dos negócios da companhia em questão e domínio das principais ferramentas sociais. Afinal, de uns tempos para cá, ser estratégico no meio digital virou conceito de ordem para o sucesso das empresas. A formação básica é em marketing, relações públicas, jornalismo e áreas afins. Experiência e domínio de ferramentas como o Facebook Insights, Google Analytics e outras plataformas de análise de dados são requisitos.
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6. Especialista em links patrocinados
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6/20 (Getty Images)
Em um ano, o investimento em links patrocinados cresceu 30%, de acordo com estudo da
Covario. O papel do profissional desta área é elaborar as campanhas e monitorá-las. Para isso, ele tem um perfil mais analítico e estratégico, além de domínio das ferramentas de links patrocinados e certificação em Google AdWords Certification e Yahoo! Search Marketing.
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7. Gerente de marketing digital
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7/20 (Getty Images)
"As pessoas hoje são mais impactadas pela comunicação feita através dos meios digitais", diz Carlos Eduardo Altona, da Exec. Neste cenário, o gerente de mídias digitais é responsável por elaborar as estratégias de marketing que compreendam todos os meios online de propaganda: de links patrocinados, passando por campanhas nas redes sociais, até criação de aplicativos. Mas não é só isso. Ele também é responsável pelo monitoramento da reputação da marca na internet. "Ele monitora o conteúdo da exposição da marca nos meios digitais. O papel dele é praticamente abafar, ou resolver, o caso", diz.
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8. Advogado especialista em direito eletrônico
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8/20 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Nos últimos anos, os serviços online se sofisticaram e a maneira como lidamos com o que corre pela internet também: compramos, exibimos informações pessoais, nos relacionamos e consumimos conteúdo em um volume muito maior do que no passado próximo. Novos comportamentos sempre exigem novas regras. E, para atender a esta demanda, começam a surgir nos escritórios de advocacia departamentos dedicados ao direito eletrônico, de acordo com os sócios da consultoria de recrutamento jurídico Salomon, Azzi. Nesta área, destaque para o setor de e-commerce. “Ele atua em questões de tributação, violação de cartões de crédito, quando o produto não é entregue, entre outras”, diz Fábio Salomon, da consultoria. A formação deste profissional é mais genérica e pode ser combinada com cursos de educação continuada na área de direito eletrônico. “Quem atua nesta área aprende no campo”, afirma Bianca Azzi, da Salomon, Azzi.
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9. Advogado especialista em combate à pirataria
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9/20 (arcello Casal Jr/ABr)
Os tribunais não são os únicos locais frequentados pelos advogados que atuam no combate à pirataria. Para trabalhar na área, é preciso ir ao campo. “Ele vai à fronteira, ao local da ocorrência junto com a polícia. É um trabalho quase que investigativo. Não é só consultoria”, diz Bianca, da Salomon, Azzi. Em campo, ele tem a função de identificar falsificações dos produtos feitos por seus clientes. “É uma rede de advogados que tenta evitar não só a pirataria, mas o desgaste da marca”, afirma Salomon. O trabalho não termina quando uma ocorrência é detectada. O advogado desta área deve contestar o caso junto às esferas governamentais. Por isso, além de flertar com área penal empresarial e ter uma especialização em combate à pirataria, este profissional deve ter “trânsito na agência reguladora que é o INPI [Instituto Nacional de Propriedade Intelectual]”, diz Bianca.
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10. Advogado especialista em gestão de fortunas
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10/20 (Stock.xchng)
Junto com uma equipe multidisciplinar, os advogados de gestão de fortunas têm a missão de ajudar no direcionamento dos investimentos de grupos de famílias (abastadas, diga-se de passagem). “É planejamento patrimonial”, diz Bianca. Independente da opção escolhida, o advogado com essa expertise tem a tarefa de prestar assessoria jurídica para todo o processo. “Ele ajuda no planejamento tributário e resguarda para que estes investimentos sejam feitos de uma maneira segura juridicamente falando”, afirma Salomon. Apesar da formação generalista, o advogado que atua nesta área tem experiência no setor de mercado de capitais.
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11. Advogado especialista em seguros e resseguros
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11/20 (Getty Images)
“Há cinco anos, a maior parte dos seguros contratados era para carros. Hoje, você faz seguro do smartphone, da casa, tem atletas que fazem até da perna e do joelho, por exemplo”, diz Bianca. Além disso, as questões regulatórias e a entrada de novas empresas no mercado também contribuíram para sofisticação do mercado. Neste contexto, o advogado especialista em seguros e resseguros é voltado para atendimento empresarial “não só das seguradoras, mas também para o relacionamento com o órgão regulador, Susep [Superintendência Nacional de Seguros Privados]”, diz Salomon. “Existe uma regulação própria, mas não abrange todas as áreas”, diz o especialista. Por isso, segundo os sócios da Salomon, Azzi, este profissional, de certa forma, atua também como legislador da atividade. Para quem quer seguir nesta área, além da formação em direito, vale fazer um curso intensivo de ciências atuariais.
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12. Advogados especializados em de óleo e gás com foco no pré-sal
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12/20 (Sergio Moraes/Reuters)
A produção do primeiro óleo do pré-sal aconteceu em setembro de 2008 no campo de Jubarte no Espírito Santo, segundo dados do
governo. Atualmente, cerca de 117 mil barris são extraídos por dia de óleo no pré-sal das bacias de Santos e de Campos. A expectativa é que as reservas da camada do pré-sal tenham potencial para entre 70 e 100 milhões de barris de óleo. Estes números são suficientes para entender a necessidade de advogados especializados só neste tipo de extração. Por ser uma atividade ainda em estágio inicial no país e por ter características únicas, é essencial profissionais que entendam em profundidade a legislação específica do setor, afirmam especialistas.
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13. Advogado especializado em entretenimento
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13/20 (Divulgação)
Além da Copa e das Olimpíadas, o Brasil entrou na rota dos grandes eventos internacionais. O advogado especializado em entretenimento dará o suporte jurídico para que eles ocorram. “Ele faz a interface com o poder público para conseguir o alvará do evento. Ele não lida só com o patrocínio, mas também com contrato de artistas, utilização da marca e do próprio local”, afirma Bianca.
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14. Engenheiro de segurança
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14/20 (Reprodução)
Desde que os sistemas de computadores passaram a fazer parte da rotina das empresas, o engenheiro de segurança já era uma figura presente. A diferença é que, agora, o papel dele se sofisticou e se tornou essencial para as companhias e relações nos meios digitais. De acordo com Assef, a tarefa deste profissional vai desde garantir a privacidade das informações postadas pelas pessoas diariamente nas redes sociais até resguardar a segurança dos sistemas das empresas. Geralmente, tem formação em engenharia de software ou ciências da computação.
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15. Arquiteto de dados
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15/20 (Gustavo Molina/SXC.hu)
Com formação em ciências da computação ou engenharia de computação, o arquiteto de dados tem uma função bastante semelhante à exercida pelos arquitetos clássicos. “Em vez de montar a planta de uma casa, ele faz uma planta de classes de informações”, diz André Asseff, sócio-diretor da Desix. Em outros termos, ele é responsável pela estruturação lógica da maneira como as massas de dados que chegam aos sistemas de computação das empresas serão alocadas e interpretadas. “A partir desta arquitetura de dados, os sistemas de computação leem os dados desestruturados e conseguem separá-los e armazená-los de uma maneira estruturada”, afirma o especialista.
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16. Cientista de dados
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16/20 (Getty Images)
Antes de tomar corpo nos planos estratégicos da empresa e balizar as decisões tomadas diariamente, os dados que chegam aos sistemas de computadores precisam ser analisados. Com formação em estatística, os cientistas de dados têm a função de colocar estas informações dentro de um contexto para então encaminhar estas analises para os departamentos estratégicos. De acordo com André Asseff, da Desix, a função continua a mesma do que a exercida há alguns anos. O que muda são as ferramentas e a postura estratégica do profissional. “Antes o que era um inferno, ele consegue fazer com um mouse ou arrastando o dedo na tela de um tablete”, diz. E isso, muitas vezes, é feito em tempo real.
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17. Engenheiro de rede de cloud computing
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17/20 (Sean Gallup/Getty Images)
Por trás de cada foto que você posta no Facebook, arquivo que salva no Google Docs, livro que compra na Amazon ou depósito que faz, pela web, em sua conta bancária há um grupo de engenheiros especializados em criar as condições de hardware e de software para que cada uma destas (e infinitas outras) ações aconteçam. “O engenheiro de redes analisa capacidade de atendimento da estrutura física do servidor e da estrutura de software”, diz Assef, da Desix. E, com base nestas conclusões, determina a rede física de servidores e roteadores, além de programas específicos para possibilitar o andamento do serviço online. Assef os compara aos gerentes de logística das empresas: “O engenheiro de logística tem toda a engenharia do processo na palma da mão, o engenheiro tem isso mais para o lado da estrutura de computadores e softwares”, afirma.
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18. Desenvolvedor de aplicativos móveis
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18/20 (Reprodução)
Os programadores de computadores ganharam uma nova função nos últimos anos: desenvolver aplicativos para dispositivos móveis, como celulares e smartphones. “As linguagens evoluíram e eles tiveram que acompanhar isso”, diz Assef. Segundo ele, o programador se vale dos mesmos conceitos que usava há cinco anos com a diferença que a plataforma mudou, os serviços se sofisticaram e o conceito de interação usuário e dispositivo foi revolucionada.
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19. Gerente de sustentabilidade
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19/20 (WimediaCommons)
Nos últimos anos, o grau de responsabilidade social e ambiental das empresas tornou-se mais valorizados pelos consumidores e, em certa medida, virou também critério fundamental para a atração de talentos. Como consequência, o departamento de sustentabilidade dentro das companhias ganhou um papel mais estratégico para os negócios como um todo – e em algumas empresas, ele está se separando da área de segurança do trabalho e ganhando contornos próprios. “É ele quem vai analisar o impacto da operação no meio ambiente e implantar sistemas para mitigar estes efeitos”, diz Fernanda Campos, diretora da Mariaca. “Para isso, é essencial uma formação mais técnica” como engenharia ambiental
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20. Agora, veja as profissões quentes com salários elevados
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20/20 (Getty Images)