Carreira

12 maneiras de aumentar a criatividade

CEOs consideram a criatividade como o principal atributo da liderança. Você sabe exercitar a sua?


	Criatividade é o atributo mais desejado por CEOs
 (Dreamstime.com)

Criatividade é o atributo mais desejado por CEOs (Dreamstime.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 15h28.

São Paulo - A criatividade é o atributo de liderança mais desejado por CEOs, segundo pesquisa realizada pela IBM, que ouviu mais de 1 800 CEOs de 60 países. Apesar de valorizada, a competência é difícil de ser encontrada. De acordo com a americana Creative Education Foundation, crianças de até 3 anos costumam usar 98% de sua capacidade criativa, enquanto adultos acima de 30 anos costumam explorar apenas 2%.

Essa diminuição expressiva está relacionada às experiências sociais da pessoa ao longo da vida — e o trabalho tem peso grande nessa queda. "As pessoas se tolhem com medo do bloqueio emocional, medo de se expor e de ser ridicularizada", diz Solange Mata Machado, coordenadora do curso de pós-MBA de inovação da HSM Educação, de São Paulo.

A questão, para qualquer profissional, é como cultivar uma competência tão importante sem se deixar abater pela mesmice corporativa. Para ser criativo, é necessário permitir que a mente navegue livremente, sem receio de que isso possa contrariar aquele conhecimento formal que temos e de parecermos errados.

"Muitas vezes a mente concebe coisas estranhas, esquisitas", diz Sérgio Navega, diretor da Intelliwise Research, empresa paulista de pesquisa teórica de inteligência artificial. "Entretanto, fomos treinados a executar apenas aquilo que é formal, rigoroso, sólido." Executivos têm muito medo de ser incompreendidos e de errar. Isso tem a ver com a baixa tolerância que as empresas têm ao fracasso.


Durante os processos de trabalho, é importante prestar atenção nas frases que matam a criatividade. Exemplos desse tipo de comportamento aparecem em perguntas como "Essa ideia trará resultados financeiros garantidos?" ou em afirmações como "Não estou aqui para inventar, estou apenas tentando fazer o meu trabalho".

Frases assim são sintomas do medo de arriscar e fazer diferente. Repetido diariamente, o receio acaba minando o processo criativo. Afinal, é a cada "teste" malsucedido que o cérebro faz novas associações e aumenta a capacidade de ter ideias e inovar. Uma grande ideia depende de incessantes tentativas de compor associações incomuns, de pensar coisas que ninguém jamais foi capaz de executar. 

Atenção aos sinais de repressão

Se o processo de experimentar (e errar) é inibido, a criatividade se enfraquece. Por isso, é importante perceber, durante o trabalho, o momento em que alguém reprime a capacidade de pensar diferente. Quem escolhe trabalhar no mundo corporativo pode achar que não é exatamente uma pessoa criativa, ou que não deveria ser.


Fugir da mesmice é, no entanto, algo necessário para o profissional se diferenciar, mesmo quando ele exerce uma função aparentemente burocrática. E engana-se quem pensa que é preciso inventar coisas absolutamente novas. Às vezes, melhorar um pequeno processo de trabalho, com o uso de um aplicativo tecnológico gratuito, já é uma forma de inovar e explorar a criatividade.

Também é possível aprender um pouco mais sobre o assunto com profissionais que atuam em áreas nas quais criatividade é a matéria-prima. Acumular repertório variado, por exemplo, aumenta a possibilidade de fazer associações, criar relações e combinar informações.

"Eu busco inspiração na música, no design e na arquitetura, e associo tudo o que é possível à moda", diz Graziela Peres, fundadora da revista ffw>>mag!, aliada da marca São Paulo Fashion Week. "Ter curiosidade e explorar áreas diferentes das quais costuma atuar são fatores essenciais para um profissional desenvolver o trabalho"

 Uma das principais autoridades em criatividade do mundo, a americana Teresa Amabile, professora da Harvard Business School, aponta que existem alguns ingredientes fundamentais para o fortalecimento da criatividade. Analisando a atmosfera existente nos anos 1970 no Palo Alto Research Center, o laboratório de inovações da Xerox, no Estados Unidos, de onde saíram algumas das maiores invenções da informática, como o mouse e a interface gráfica, Teresa identificou duas características entre os cientistas do local.

Em primeiro lugar, além de ter um conhecimento profundo em alguma área, os inventores também eram capazes de falar com propriedade de coisas muito diferentes de seu campo de atuação. A outra característica, segundo a professora, era a voracidade por aprender coisas novas. Apesar de ser um grupo de cientistas já bastante gabaritados, os funcionários da Xerox consumiam muita informação nova. "Eles não desenvolveram esse hábito mental seguindo um procedimento padrão", escreve Teresa.

Uma qualidade importante dos grandes inventores é estar permanentemente apaixonados pelo que fazem. "As pessoas são mais criativas quando fazem algo que amam", afirma Teresa. Essa é outra dica importante para quem deseja exercitar um pouco mais o lado inventivo: procurar a motivação dentro do próprio trabalho. Trata-se de um bom caminho para começar a explorar a criatividade.

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 Quebre Regras

É importante quebrar algumas regras e tentar fazer coisas que nunca foram tentadas. Ao ter uma ideia, pesquise e veja se alguém
já fez aquilo da maneira
como pensou.


2  Não tenha medo de errar

Assuma riscos, não tente ser perfeito o tempo todo. Criatividade serve para explorar o desconhecido e, para isso, precisamos ter em mente que frequentemente vamos errar. E um dos pontos básicos para ampliar nosso potencial criativo é reconsiderar nosso medo de errar, talvez transformando a palavra em “testar”. “Não existe resposta certa ou errada. O que existe são possibilidades diferentes”, diz Solange Machado.

3 Tenha um Caderno amigo 

Leve um caderno com você a todos os lugares. Caso tenha uma ideia, anote-a e tente desenvolvê-la.

4  Fuja do computador

Tente passar algum momento longe do computador (esqueça também o celular). Envolva-se com atividades como ler um livro, ouvir música, desenhar ou passear por um lugar onde nunca tenha ido. “Para ser criativo, é essencial deixar a mente fluir sem ser distraído por estímulos externos irrelevantes”, diz Sérgio Navega. E, principalmente, durante o dia no trabalho, busque momentos de isolamento e de tranquilidade para deixar a mente vagar e explorar regiões incomuns, esqueça por um tempo do Facebook, do Twitter e dos
chats, em geral.


5  Experimente o diferente

É importante viver experiências diferentes, como viajar para lugares desconhecidos, comer algo exótico, ler um livro que não tenha nada a ver com seu trabalho, conhecer pessoas com vida diferente da sua.

6  Descanse

Relaxe. Férias são fundamentais para que você repense o significado de sua vida e de sonhos pessoais.

7  Rebele-se

Ouça seu lado rebelde. Internamente, de forma subjetiva, não pública, podemos questionar tudo o que está sendo feito e proposto em nossa vida pessoal e profissional, não apenas por nós mesmos, mas por todos à nossa volta, diz Sérgio Navega. “Ninguém precisa saber que estamos fazendo isso. O objetivo é buscar maneiras diferentes de pensar, associar ideias e agir.”


8  Insista

"Esgote todas as possibilidades de um mesmo assunto. Não pare na primeira ideia", diz Graziela Peres.

9  Busque várias alternativas

Não existe resposta certa ou errada. O que existe são possibilidades diferentes. É necessário gerar muitas possibilidades antes de achar algo que realmente faça sentido. “Nosso cérebro odeia ambiguidade, por isso pula muito rápido para as soluções. Então, busque umas 30 ou 50 alternativas antes de começar a pensar numa escolha”, ensina Solange Machado.

10  Agir é importante

“Aja, pratique a ação. Uma ideia já é um projeto de ação. Experimente em pequena e em grande escala. Mesmo na fase de planejamento, transforme-o em uma ação”, diz Marcus Faustini.

11  Misture

"Tenha coragem para experimentar novas combinações, coisas que não pareciam combinar a princípio", diz Marcus Faustini.

12  Faça pausa

"Conheça seu ritmo. Reserve um horário para pensar livremente, enquanto você anda ou caminha, por exemplo", diz Auro del Giglio, autor de Brainconomics (Ed. Atheneu).

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