10 comunidades e iniciativas para mulheres que programam
Para reverter o problema da falta de diversidade no mundo da tecnologia, diversas comunidades querem incentivar mais mulheres a programar. Confira quais são elas.
Por mais mulheres na tecnologia (RJ Taylor/ Flickr/ Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2015 às 07h45.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h43.
Não é novidade que as mulheres têm pouca participação no mercado de tecnologia. No entanto, diversas iniciativas surgiram para reverter esse quadro.
Mulheres de todo o mundo se mobilizaram e passaram a criar seus próprios espaços para discutir sobre tecnologia, aprender novas linguagens de programação e desenvolver projetos inovadores, e algumas tiveram até apoio de suas empresas ou universidades.
A ideia desses programas é motivar meninas estudantes a considerar a tecnologia como uma opção de carreira e também encorajar outras mulheres que já trabalham na área a problematizar a falta de diversidade em seus ambientes de trabalho. As estratégias desses projetos normalmente envolvem grupos de debate, workshops, cursos e competições de programação.
Então, se você é mulher e ainda está em dúvida se realmente quer seguir carreira em tecnologia, não deixe de conferir as 10 iniciativas a seguir para aprender mais sobre programação e se unir a outras tantas mulheres que desejam fazer a diferença nessa área:
Presente em todo o mundo, a comunidade Rails Girls surgiu com o objetivo de ajudar mulheres a entender mais sobre tecnologia e a construir suas ideias a partir dela. Fundado pelas programadoras finlandesas Linda Liukas e Karri Saarinen, o grupo promove workshops em diversos lugares pelo mundo, incluindo as cidades de São Paulo e Porto Alegre. São 12 horas para as participantes aprenderem tudo o que puderem sobre Ruby on Rails. Na página da comunidade é possível consultar guias, apostilas, tutoriais, links úteis e todas as datas dos próximos eventos. Clique aqui para acessar o site do Rails Girls.
Women Who Code é uma organização sem fins lucrativos que pretende ajudar mulheres a se destacar em carreiras tecnológicas. A comunidade está presente em 15 países, incluindo o Brasil, e já promoveu mais de 1 200 eventos pelo mundo. Dentre as iniciativas estão grupos de estudos sobre Ruby, Javascript, iOS, Android, Python e algoritmos, mentoria sobre carreira e liderança e incentivo para levar mais mulheres a hackathons, conferências e outros eventos da área. No Brasil, há representantes da comunidade em Campina Grande (PB), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG). Clique aqui para acessar o site do Women Who Code.
O grupo internacional PyLadies foi criado por desenvolvedoras que são apaixonadas pela linguagem de programação Python.
Tanto programadoras quanto mulheres iniciantes que queiram saber mais sobre a linguagem podem participar do PyLadies e até mesmo representar o grupo caso ele ainda não esteja presente em suas cidades ou países.
No Brasil, é possível encontrar líderes da comunidade em Natal (RN), Recife (PE), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Carlos (SP).
Clique aqui para acessar o site do PyLadies.
A comunidade brasileira surgiu no do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte para ajudar meninas estudantes do ensino médio a seguir carreira em tecnologia.
O programa faz parte do projeto Programar meu Futuro, que foi criado para mulheres que já estejam cursando graduação em tecnologia mas se sentem desmotivadas a continuar nessa área.
Com palestras e oficinas sobre programação e empreendedorismo, a ação já conseguiu atrair mais de 500 meninas em um único evento, onde tiveram oportunidade de conhecer sobre o mundo da programação e do empreendedorismo.
Clique aqui para acessar o site do Code Girl.
O MariaLab é um coletivo com sede em São Paulo e tem como objetivo oferecer um espaço colaborativo e gratuito para que as pessoas possam encontrar e executar projetos em parceria.
A comunidade foi criada para dar mais espaço às mulheres na área da ciência e tecnologia. Dessa forma, elas podem aprender, compartilhar experiências e colocar projetos em prática. O grupo é voltado ao público em geral, mas preferencialmente para aqueles que enfrentam dificuldades e preconceitos nesse campo de atuação. Somos especialmente solidárias às pessoas trans, afirma o site do projeto.
Clique aqui para saber mais sobre o MariaLab
Apesar de ainda não mostrar um relatório de diversidade tão justo para mulheres e minorias, o Google está engajado em incluir mais mulheres no mundo da tecnologia. Por isso, a companhia criou em 2012 o programa Women Techmakers.
O projeto é global e conta com eventos, cursos, workshops, encontros e comunidades virtuais onde mulheres e outros colaboradores podem compartilhar experiências e encorajar o público feminino a seguir carreira na área de tecnologia.
O programa também tem parceria com diversas comunidades para programadoras, como o Rails Girls e Women Who Code.
Clique aqui para saber mais sobre o Women Techmakers.
O WoMoz, uma comunidade que existe na Mozilla desde 2009. Representado no Brasil pela webdesigner Melissa Devens, o principal objetivo da iniciativa é criar um ambiente mais agradável para mulheres e minorias que desejam se inserir no mundo da tecnologia.
O projeto conta com 10 colaboradoras que se encontram regularmente para discutir sobre as iniciativas. Em março, elas realizaram o primeiro evento do programa na pequena cidade de Gaurama, no Rio Grande do Sul, com uma semana de inclusão digital com mulheres que nunca mexeram em um computador.
Qualquer pessoa, homem ou mulher, pode se inscrever para sugerir iniciativas e participar do projeto. Basta entrar no site e realizar um cadastro.
Clique aqui para saber mais sobre o WoMoz.
O projeto Meninas Digitais surgiu a partir de uma discussão durante o evento Woman In Technology (WIT), da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), a fim de motivar meninas do ensino médio e tecnológico a seguir carreira nessa área.
Além do apoio da SBC, a iniciativa também conta com a ajuda de empresas e instituições de ensino. Entre as iniciativas do projeto estão a realização de eventos pelo país e visitas a escolas com palestras e workshops.
Conheça mais sobre o projeto.
A organização sem fins lucrativos surgiu no Brasil com objetivo de aumentar a participação feminina na área de TI.
Ao participar do projeto, homens e mulheres podem compartilhar experiências, capacitar e disseminar a tecnologia em suas comunidades por meio de encontros e workshops.
Saiba mais sobre a iniciativa.
O Technovation não é exatamente uma comunidade para unir mulheres programadoras. Trata-se de uma grande competição destinada a meninas na área de tecnologia.
O programa surgiu em 2010, na Califórnia, e hoje já promove competições em mais de 45 países. Nele, as participantes têm a possibilidade de desenvolver aplicativos e criar modelos de negócio para empreender.
As equipes costumam ter entre 3 a 5 garotas com 10 a 18 anos de idade, que contam com mentoras e coordenadores de projetos. Os 10 melhores times têm a chance de ir para o Vale do Silício para apresentar suas iniciativas e concorrer a 10 mil dólares para lançar a ideia no mercado.
Saiba mais sobre a competição.
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