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10 coisas que todo desenvolvedor web deve saber

Saber de algumas coisas antes de começar na área pode tornar experiência do aprendizado um pouco menos “traumática”, afirmou o desenvolvedor web Avi Flombaum


	Desenvolvimento web: primeiro ponto levantado por Avi Flombaum é o trabalho em equipe
 (Getty Images)

Desenvolvimento web: primeiro ponto levantado por Avi Flombaum é o trabalho em equipe (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 20h14.

São Paulo - Entrar na área do desenvolvimento web por conta própria pode ser um grande desafio, daqueles que exigem que você tente, falhe, repense e tente novamente antes de finalmente chegar ao ponto desejado.

Mas saber de algumas coisas antes de começar na área pode tornar a experiência do aprendizado um pouco menos “traumática”, como afirmou no Quora o desenvolvedor web Avi Flombaum.

O especialista autodidata também é professor e fundador da escola de programação Flatiron School, nos EUA, e deu dez dicas relacionadas ao tema como resposta à pergunta “O que desenvolvedores web autodidatas gostariam de já saber antes de ter começado?”.

A dúvida, como dá para ver, é mais voltada para o desenvolvimento web, mas algumas das sugestões podem muito bem servir para outros campos. Confira a seguir:

1. “Aprender a trabalhar com outros desenvolvedores é muito importante”

O primeiro ponto levantado por Flombaum é o trabalho em equipe. “Quando você é autodidata, precisa passar muito tempo trabalhando sozinho”, escreveu.

“Mas é absolutamente essencial que você aprenda a trabalhar com outros desenvolvedores.”

E o especialista não fala apenas de comunicação, mas também de divisão de projetos, que precisa ser feita de forma correta.

“Três desenvolvedores trabalhando juntos de uma vez sempre vão ser mais rápidos mesmo do que o melhor desenvolvedor trabalhando sozinho.”
 

2. “Saber como as coisas funcionam é diferente de saber como usá-las”

A dica faz referência aos muitos padrões e arquiteturas envolvidos no processo de desenvolvimento.

Flombaum afirma que, ao começar o processo de aprender sozinho, você tem duas opções de como se relacionar com essa infinidade: pode ignorar tudo ou pode usar as coisas que forem necessárias mesmo “sem saber como elas funcionam ou por que existem”.

Mas fugir dessa regra e aprender mais sobre os padrões e arquiteturas que você pretende usar pode poupar um bom tempo no fim das contas.
 

3. “Não tenha medo de falar com os outros”

Saia e “converse com os programadores que você admira”, escreve o especialista da Flatiron School. Vá às conferências e faça como ele, parando para conversar com outros profissionais da área.

O professor afirma que essas abordagens o colocaram em contato com desenvolvedores do porte de Yehuda Katz e Ilyia Grigorik, e também o ajudaram a receber feedback da comunidade e colaboraram com seu aprendizado.
 

4. “Seja seus heróis”

Flombaum também recomenda que todos “imitem” desenvolvedores que admiram, algo que ele não se arrepende de ter feito.

“Ele tentaram escrever um livro? Eu vou tentar escrever um livro. Eles escreveram uma biblioteca? Eu vou tentar escrever uma biblioteca”, afirmou.

Mesmo que nenhuma das experiências tenha sido bem sucedida, serviram como um bom aprendizado “para ser um profissional”.
 

5. “Leia os livros, mesmo que você não os entenda”

“Se você vai fazer parte de uma discussão e da comunidade, deveria tentar saber do que você está falando”, escreveu o especialista.

A ideia é que, ainda que você não entenda o que está lendo, ao menos algo será extraído da experiência – mesmo que esse algo sejam apenas os nomes dos principais autores da área.

Flombaum ainda indica algumas obras para começar, como “Learn to Program”, de Chris Pine, e “Weaving the Web”, do patrono da rede Tim Berners-Lee – ambos em inglês, e sendo este último bom para contextualizar.
 

6. “A aparência do código conta”

Há quem discorde, mas o professor garante: “A forma como seu código é lido e visto pelos outros é algo muito importante”.

Para garantir tudo isso, é bom não deixar nada quebrado, “nomear corretamente suas variáveis”, “ter nomes de métodos que batem com o estilo e a sintaxe das linguagens”, entre outros pontos.

Flombaum também é um pouco radical quanto à presença de comentários, algo que ele pareceu tolerar apenas em quantidade razoável e que não deve ser usado como “muleta”, nas palavras dele.
 

7. “É melhor ser competente em algo do que um expert em nada”

“Nada substitui os básicos”, escreveu Flombaum, para depois afirmar que iniciantes não devem dar prioridade às ferramentas “da moda”.

O ponto depois é reforçado por outro programador, Michael Soileau, que disse: “Fique bom em JavaScript, depois melhore em JQuery, CoffeeScript e outros frameworks. Fique bom em PHP, para só então aprender como o WordPress o influencia. Melhore em Rails, e depois veja como as pedras preciosas [Ruby, no caso] tornam as coisas mais fáceis”.

O ideal, concordam os dois, é que os desenvolvedores web que estão começando deem prioridade às linguagens que melhor se encaixam em seus objetivos.
 

8. “Aprender a desenvolver não é algo que acontece de uma vez”

O professor da Flatiron School compara a curva de aprendizado na área de desenvolvimento web a um S – ou seja, algo que está longe de ser constante.

É bem provável que você vá ficar travado em um ponto, para só depois voltar a crescer em termos de aprender coisas novas.

“Você só precisa ser aplicado ao encarar esses percalços, porque é algo que vai acontecer frequentemente na sua carreira”, afirmou.

“Lembre-se de que, se você continuar, eventualmente tudo vai acabar fazendo sentido.”
 

9. “Ruby pode ser um bom lugar para começar”

E isso “mesmo que a linguagem não importante muito para um desenvolvedor iniciante”, escreve ele.

É um ponto polêmico, mas é mais uma preferência de Flamboum mesmo, que se diz admirador da ideia por trás do Ruby, uma linguagem criada “para fazer os desenvolvedores felizes”.

Se estiver interessado, vale checar a página oficial, que tem alguns tutoriais.
 

10. “Apaixone-se pelo trabalho”

Por fim, o mais importante, visto que não dá para ir muito longe sem gostar do que faz.

“É difícil passar pelas partes difíceis sem amar a profissão”, escreve o especialista, para depois levantar alguns pontos positivos da área, dizendo o quanto as criações de desenvolvedores podem acabar impactando tudo – e que você pode fazer parte disso.

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