São Paulo - O Burguer King, recém adquirido pelo grupo brasileiro 3G Capital, quer acelerar seu crescimento no Brasil. A rede pretende abrir cerca de 100 restaurantes nos próximos três anos. Isso significa investimentos - feitos pelos franqueados - que podem variar de cerca de 100 milhões de reais a 300 milhões de reais.

"O plano é dobrar nosso ritmo de crescimento na metade do tempo", disse Iuri Miranda, diretor geral da marca no país. Os atuais 93 restaurantes Burger King no Brasil foram abertos ao longo de 70 meses - cerca de 1,3 unidades por mês. Nos primeiros seis meses de 2010 a rede abriu 17 restaurantes no Brasil (2,8 unidades por mês), "o que mostra o ritmo que gostaríamos de ter no Brasil", disse Miranda.

Cada restaurante da rede custa entre um milhão de reais e três milhões - sendo que unidades em praças de alimentação tem preço mais baixo que as de rua. Em média, o retorno do investimento acontece de cinco a sete anos, segundo o diretor-geral. "O Brasil é um mercado muito interessante para a marca Burger King no mundo", disse Miranda. As vendas em mesmos restaurantes cresceram 15% em setembro em relação ao mesmo período de 2009.

O Burguer King ainda não possui restaurantes na região norte, tampouco no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. Segundo Miranda, a rede está estudando parcerias para abrir lojas nesses locais, mas ainda não há nada fechado.

Hoje (5/9), a rede anunciou um novo acordo com o grupo Vierci, que já é franqueado da rede em São Catarina, no Uruguai e no Paraguai. O grupo poderá abrir restaurantes da marca em 18 cidades do estado de São Paulo e na capital. O estado de São Paulo representa cerca de 40% do faturamento da rede no Brasil.

O grupo brasileiro 3G Capital comprou a rede Burger King no começo de setembro. A 3G Capital tem entre os sócios os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. A oferta pelas ações da empresa feita pelo 3G tem até a meia-noite do dia 14 de outubro para se concretizar.

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