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CEO mulher e parceria com a AgroVen: a nova fase do hub Cocriagro

Com a chegada da Agroven, o objetivo é levantar investimentos para as agtechs, que estão em uma fase mais madura, diz a CEO, Tatiana Fiuza

 (Cocriagro/Divulgação)

(Cocriagro/Divulgação)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 26 de setembro de 2024 às 15h54.

Última atualização em 8 de janeiro de 2025 às 13h44.

Em agosto, o hub Cocriagro, espaço de inovação do Paraná voltado para o agronegócio, anunciou que sua head de inovação, Tatiana Fiuza, assumiria o cargo de CEO. O Brasil possui 74 hubs de inovação, de acordo com dados do Radar Agtech 2023, último levantamento realizado sobre tema.

"Ser mulher à frente desse cargo me traz uma responsabilidade de espelhamento para que outras mulheres possam se ver líderes e também em posições como a minha. Eu trabalho bastante para que os meus filhos tenham orgulho da mãe como uma empreendedora, afirmou Fiuza à EXAME.

Entre as novidades, o hub também divulgou a entrada de dois novos sócios: Fábio Mello, como head de agro, e Jorge Carvalho, como head de estratégia e gestão. George Hirawia continuará como head de relacionamento. Mas as notícias não param por aí, como revela Fiuza, em primeira mão à EXAME.

A partir de quinta-feira, 26, o hub contará com a parceria do AgroVen, uma rede formada por empresários e companhias influentes do agronegócio, para expandir sua estratégia de atuação.

"A escolha do hub para esse novo capítulo no Paraná mostra a força do nosso ecossistema e como temos avançado no tema de inovação no agronegócio, posicionando estrategicamente empresas, cooperativas e startups em suas jornadas de inovação", diz a CEO.

Com mais de 250 membros, o Agroven conta com um portfólio de empresários e lideres ligados ao agronegócio, de várias etapas da cadeia de valor do setor, com conexões, conhecimento e influência, capazes de alavancar os projetos e os empreendedores e é nisso que aposta o Cocriagro.

A conexão entre agtechs, as startups do agro, e empresas é algo que o hub faz desde o início de sua jornada. Com a chegada da Agroven, o objetivo é levantar investimentos para as agtechs, que estão em uma fase mais madura.

"Faltava o braço de investimento para startups que estão numa fase mais avançada. Por isso, fizemos a parceria por entender que a Agroven possui o foco no Agro assim como a gente. Falando de inovação no agro para startups do agro, com investimento com quem entende de agronegócio", destaca Fiuza.

No lançamento do hub Cocriagro, em agosto de 2021, a então head de inovação disse que o objetivo do espaço era "conectar" todos os elos do agronegócio brasileiro.

Após pouco mais de três anos de atividade, o Cocriagro já conectou diretamente 200 pessoas interessadas em inovar no agronegócio e agora "está pronto para iniciar um novo capítulo em sua trajetória", diz Fiuza.

Entre as parcerias, Fiuza destaca a relação com a Cooperativa Integrada, Adama, Belagrícola, AGCO, Sicoob e Sicredi, além de ter em seu guarda-chuva agetchs como a AgroBoard e Sette, esta última uma junção da Bart Digital com a A de Agro – a Bart, inclusive, foi fundada dentro do ecossistema do Cocriagro.

Localizado no Parque Tecnológico da Sociedade Rural do Paraná, em Londrina, no norte do estado, o hub tem em seu portfólio 58 startups conectadas de todas as regiões do Brasil.

Além disso, os parceiros Cocriagro somam mais de 13 mil produtores e suas startups e pesquisadores podem se conectar com cooperativas, agroindústrias, outros ecossistemas de inovação e grandes players do agronegócio.

"Temos cases em inovação aberta e fomos reconhecidos no ano passado pelo Radar Agtech entre os quatro maiores hubs de inovação agro do Brasil. Nessa caminhada, em se tratando da inovação corporativa aprendemos que o tema ainda não é prioridade", afirma Fiuza.

Metodologia para inovação

A mudança de CEO e a entrada de novos sócios no Cocriagro trouxe uma nova estratégia para as startups vinculadas ao hub. Anteriormente, o foco era apenas conectar soluções e necessidades do agronegócio, mas agora, segundo Tatiana Fiuza, a abordagem se transforma em uma jornada de inovação personalizada para cada empresa.

Para implementar essa nova estratégia, o Cocriagro desenvolveu uma metodologia própria, fundamentada na norma ISO 56.002, que oferece diretrizes para a criação de um sistema de gestão de inovação nas organizações.

"O objetivo é que as conexões com as startups sejam efetivas. Até porque hoje tem até robô que busca startups, mas uma jornada criada para a empresa, com o olhar no seu mercado e foco no resultado, poucos possuem. Queremos atuar nesse ponto", reforça a CEO.

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