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Camex rejeita aumento de tarifa sobre fertilizante para evitar impacto no agronegócio

Pedido da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) era para elevar a tarifa de importação do nitrato de amônio de 0% para 15%

 (Pixabay/Reprodução)

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César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 15h00.

Última atualização em 17 de outubro de 2024 às 15h15.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) rejeitou nesta quinta-feira, 17, o pedido da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) para elevar a tarifa de importação do nitrato de amônio de 0% para 15%. O argumento da Abiquim era a necessidade de proteger a competitividade da indústria brasileira.

No entanto, a Camex decidiu manter a tarifa em 0%, justificando que o aumento poderia elevar os custos de produção e impactar negativamente toda a cadeia produtiva do agronegócio, com possível repasse desses custos à sociedade brasileira.

Na semana passada, a Associação Misturadores de Adubo do Brasil (AMA Brasil), que representa mais de 60 misturadores de fertilizantes no país, divulgou uma nota se posicionando contra o pedido da Abiquim.

Segundo a entidade, a taxação da importação de um produto atualmente isento elevaria o custo da matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados no Brasil, que depende de importações para 85% do consumo anual de 1,5 milhão de toneladas dessa matéria-prima.

Na avaliação da AMA Brasil, o acesso a produtos importados pelo sistema portuário brasileiro oferece uma vantagem competitiva, graças à "distribuição racional", que garante maior agilidade e economia no processo de entrega dos insumos para todo o território agrícola do país.

A associação alertou que a imposição de uma tarifa "resultaria exclusivamente em impactos econômicos negativos para o agricultor".

O nitrato de amônio, um fertilizante amplamente utilizado nas culturas de cana-de-açúcar e café, seria um dos produtos mais afetados, destacou a entidade.

As entregas de fertilizantes no Brasil recuaram 1,8% no primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).

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