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Após renúncia de executivos, Agrogalaxy entra com pedido de recuperação judicial

A decisão, aprovada em caráter de urgência pelo Conselho de Administração, foi tomada em meio a desafios significativos causados por eventos climáticos adversos e pela deterioração dos mercados, disse em nota a empresa

 (Divulgação)

(Divulgação)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 17h18.

Última atualização em 18 de setembro de 2024 às 17h19.

A AgroGalaxy, distribuidora de insumos agrícolas, anunciou nesta quarta-feira, 18, que entrou com pedido de recuperação judicial, comunicado em fato relevante.

A decisão, aprovada em caráter de urgência pelo Conselho de Administração, foi tomada em meio a desafios significativos causados por eventos climáticos adversos e pela deterioração dos mercados, tanto no Brasil quanto internacionalmente, de acordo com a empresa.

Segundo a AgroGalaxy, o pedido tem como objetivo "proteger a Companhia e suas Subsidiárias", assegurando a continuidade das operações e a manutenção dos serviços prestados aos produtores rurais. A solicitação foi protocolada sob segredo de justiça e aguarda ratificação na próxima Assembleia Geral de acionistas.

O pedido de recuperação judicial veio logo após a renúncia de Axel Labourt, diretor-presidente da AgroGalaxy no Brasil, com efeito imediato. Em seu lugar, Eron Martins, diretor financeiro da empresa, assumirá a presidência, acumulando temporariamente as duas funções.

“O AgroGalaxy tentou, de todas as formas, evitar recorrer à Justiça, mas a medida é necessária para proteger o negócio e permitir que a empresa continue trabalhando lado a lado com os agricultores”, afirmou Martins em nota oficial.

Renúncias no conselho de administração

Além da renúncia de Labourt, outros membros importantes do Conselho de Administração também anunciaram suas saídas. Welles Pascoal, que presidiu a empresa por duas temporadas antes de Labourt, deixou o cargo de conselheiro, função que ocupava desde março de 2024.

Outros cinco membros também renunciaram, entre eles Mauricio Luís Luchetti, membro independente do Conselho e do Comitê de Auditoria Estatutário, e Eduardo de Almeida Salles Terra, também membro independente.

A empresa reforçou o compromisso de conduzir o processo com transparência e respeito aos envolvidos, especialmente os produtores rurais. “Estamos seguros de que as relações estabelecidas com nossos clientes e fornecedores nos darão a base necessária para enfrentar este desafio e seguir fortalecendo o agronegócio brasileiro”, concluiu Martins.

A recuperação judicial surge como uma medida para reestruturar o negócio e garantir a continuidade das operações em um momento de instabilidade no setor agrícola.

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