15 de abril de 2024 às 10:46
Uma casa brasileira nos anos 1980 tinha uma porção de eletrodomésticos de marcas que não existem mais. Uma televisão da Telefunken, uma máquina de lavar da Enxuta, uma caixa de som da Gradiente. A EXAME te conta o que aconteceu com essas marcas.
A marca gaúcha Enxuta nasceu em 1981 como um braço de produtos linha branca do Grupo Triches, de Caxias do Sul.Em 1995, por um problema de “carência de capital de giro”, a marca foi vendida para a controladora do grupo, a Ponto.
Assim ficou até 2001, quando a marca entrou em falência e foi leiloada. Na ocasião, a razão para a falência foram as dívidas e a falta de capital de giro. Uma crise que representou o desemprego de 750 pessoas na cidade de Caxias do Sul.
Um ano depois, quem assumiu a operação da Enxuta foi a Eletrocoop, uma entidade criada pelos ex-funcionários da empresa, sob a gerência da Atlas Indústria de Eletrodomésticos, uma empresa paranaense, que comprou a operação em 2003.
“Desde o início, o investimento só deu dor de cabeça. Fechei o negócio acreditando que poderia fazer um novo empréstimo no banco para renovar os produtos, mas o dinheiro não saiu", diz o fundador da Atlas.
Uma das marcas que mais trazem memória afetiva aos consumidores dos anos 1970 e 1980, a Telefunken desembarcou no país nos anos 1940. Marca originalmente alemã, chegou a ter fábricas por aqui. O principal produto eram os famosos televisores quadrados, pesados, com um botão para c
Muitos aparelhos permaneceram nas casas das famílias mesmo depois de 1989, ano em que a marca foi descontinuada no Brasil após aquisição pela Gradiente.
Fundada em 1964, a Gradiente se especializou em produtos de áudio na década de 1970, introduzindo ao mercado produtos como o toca-discos com saída óptica. A partir dos anos 1970, a empresa começou a se expandir por meio de aquisições de outras marcas, como Telefunken e Philco
Apesar disso, a Gradiente enfrentou desafios financeiros, entrando em processo de recuperação judicial. Nos anos 2010, deixou de produzir eletrônicos de consumo.
A Walita surgiu na década de 1930, no Largo do Arouche, no centro de São Paulo. O nome é uma mistura de Waldemar e Lita, o casal fundador. Nos anos de 1940, o casal faz, com base na experiência na construção de motores, o primeiro Liquidificador Walita.
No início dos anos 1970, a Philips, empresa holandesa que atua no Brasil desde a década de 1920, compra a Walita. A marca Philips Walita segue até hoje.
Outra conhecida marca de televisão parou de fabricar este produto há alguns anos. A holandesa Philips decidiu deixar de fabricar o produto em 2011, por causa da forte concorrência, principalmente das fabricantes asiáticas.
Desde a saída das TVs, o foco da Philips se voltou para a divisão de saúde, que se divide entre softwares e equipamentos para clínicas e hospitais, no modelo B2B, e em cuidados pessoais.