15 de fevereiro de 2024 às 14:23
A Future Cow produziu o seu primeiro lote de ‘leite’ sem precisar tocar em nenhuma vaca. A startup paulista usa a tecnologia de fermentação de precisão, semelhante às aplicadas no processo produtivo de cervejas e vinhos, para fazer proteínas do leite e do soro de leite.
Entre as novas gerações de alimentos, a fermentação representa um terceiro movimento de inovação. O primeiro foi o plant-based; seguido por proteínas cultivadas, método que usa as células dos animais para o desenvolvimento dos produtos.
Na fermentação de precisão, as empresas pegam o DNA dos animais, encontrados em bancos de dados digitais, decodificam e aplicam uma técnica de engenharia genética para carregar as informações em leveduras.
O método, conhecido como DNA recombinante, permite a geração de proteínas semelhantes às produzidas pelos animais - no caso da Future, das vacas.
No mundo, a startup mais avançada com o uso dessa tecnologia é a Perfect Day, uma americana que já levantou US$ 750 milhões desde o início da operação, em 2014.
O primeiro produto com fermentação de precisão da empresa entrou no mercado em 2020 e se tornou a grande atração do negócio.
Como surgiu o negócio da startup? A história da Future Cow é bem mais recente e ganhou corpo há alguns meses na segunda edição do programa de residência da Antler, realizado no início deste ano, em São Paulo.
O empreendedor Leonardo Vieira, e a cientista e engenheira de alimentos formada pela Unicamp, Rosana Goldbeck, se conheceram nos últimos anos.