9 de junho de 2025 às 17:21
Enquanto a inteligência artificial continua sendo o centro das atenções no setor de inovação, uma revolução mais silenciosa, mas igualmente transformadora, começa a ganhar espaço: a nanotecnologia.
Gramado Summit 2025, a nanotecnologia foi abordada em vários painéis, que reuniram empresários, investidores e estrategistas de mercado para discutir os impactos dessa ciência nas indústrias, no futuro da economia e como o Brasil pode se posicionar nesse novo cenário.
A nanotecnologia ainda é um campo relativamente novo, o que torna sua explicação desafiadora até para especialistas. Aos leigos, a nanotecnologia permite alterar a estrutura molecular dos materiais, conferindo-lhes propriedades aprimoradas, como maior resistência e durabilidade.
A nanotecnologia já está acontecendo, mudando produtos e processos de maneira silenciosa. É a revolução dos materiais, que vai além da inteligência artificial", afirmou Carlos Johannpeter, presidente da Pradotech.
A calçadista Vulcabras, por exemplo, o grafeno foi utilizado para desenvolver um tênis de alto desempenho. "Estamos falando de bilhões, talvez trilhões de dólares em impacto nos próximos anos", completou Johannpeter.
Rodrigo Azevedo, CEO da GT Capital, trouxe uma perspectiva otimista sobre o papel do investidor na nanotecnologia. “Hoje, o investidor não precisa ser um especialista para apostar na nanotecnologia. Ele pode acessar esse mercado por meio de ETFs", disse.
“Com juros altos e um orçamento público restrito, o país investe pouco em ciência. Isso cria barreiras para projetos de longo prazo como a nanotecnologia”, afirmou Gabriel Fongaro, macroestrategista do BTG Pactual.