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Mesbla, Mappin, Arapuã: o que aconteceu com as grandes lojas que bombaram nos anos 80

Daniel Giussani

21 de maio de 2024 às 15:16

A Polishop entrou em recuperação judicial nesta semana, com um dívida na casa dos 350 milhões de reais. A crise na varejista, que enfrentou dificuldades por causa da pandemia, fez leitores lembrarem de outras marcas importantes do varejo brasileiro, como Mesbla, Mappin e Arapuã.

Rogerio Montenegro/Divulgação

Mesbla: Não tem como falar de lojas de departamento dos anos 1980 sem citar a Mesbla, a líder do mercado por décadas. Inaugurada em 1912 no Rio de Janeiro, a rede foi, pelo menos nas primeiras décadas do século passado, a maior varejista do país.

Rogério Carneiro/Reprodução

No início dos anos 1990, porém, a popularização de varejistas especializadas, que vendiam produtos mais nichados, fez com que o setor de grandes magazines estremecesse. A entrada de shoppings centers pelo país também colaboraram para a crise da empresa.

Em 1995, a Mesbla entrou em concordata, que era o instrumento de recuperação existente à época, hoje atualizado para recuperação judicial. Na época, o processo envolveu 930 milhões de reais em dívidas. A empresa faliu em 1999.

Em 2022, os empresários Marcel Jeronimo e Ricardo Viana investiram em torno de 500 mil reais para reativarem o site da empesa. Hoje, a Mesbla funciona como um marketplace na internet.

Divulgação/Reprodução

Mappin: Um ano depois da Mesbla nascer no Rio, nascia em São Paulo sua principal concorrente, a Mappin. A marca virou uma referência no varejo brasileiro durante praticamente todo o século 20 e trouxe várias novidades para o mercado brasileiro, como as vitrines de vidro

Os problemas financeiros, porém, seguiram um ritmo parecido ao da rival. No início dos anos 1990, a empresa comprou a Sears, outra importante rede da época. O crescimento, porém, maior do que esperado, produziu um descontrole contábil interno.

Sergio Berezovsky/

Em 1996, a empresa foi vendida para o empresário Ricardo Mansur, que viria a comprar, no ano seguinte, também a Mesbla.

O executivo trabalhou para transformar o modelo de negócio da empresa em franquia, mas não deu certo. A empresa entrou em falência em 1999.

Divulgação/Reprodução

Arapuã: Outra loja que bombava muito nos anos 1970 e 1980 era a Lojas Arapuã, uma das maiores redes de varejo do país. A empresa chegou a ter mais de 220 lojas espalhadas pelo Brasil, vendendo, majoritariamente, eletrodomésticos.

Em 1996, quando outras varejistas já enfrentavam crises, a Arapuã chegou a bater um faturamento bilionário de 2,2 bilhões de reais, conforme noticiou a EXAME na época.

O negócio, porém, sofria de um dos males que até hoje acometem as grandes empresas de varejo: a alta inadimplência de vendas a prazo. Com isso, as dívidas chegaram a ultrapassar 1 bilhão de reais.

Em 1998, a empresa entrou em concordata, instrumento semelhante ao que é hoje a recuperação judicial. A partir do acordo, tentou reestruturar o negócio, aumentando o portfólio de produtos. Mas não conseguiu voltar a se equilibrar economicamente.

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