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Mappin, Mesbla, Arapuã: o que aconteceu com as grandes lojas que bombaram nos anos 80

Daniel Giussani

12 de setembro de 2024 às 11:56

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No século 20, com destaque para os anos 1970 e 1980, numa época sem computador para fazer a compra com poucos cliques, ir até uma grande loja de departamentos - as famosas magazines - era quase como um evento especial.

Rogério Carneiro/Reprodução

Muitas famílias iam juntas para visitar os corredores e descobrir os produtos dos momentos em gigantes como Mesbla, Mappin, Arapuã e Jumbo Eletro.

A EXAME separou cinco grandes lojas que bombaram nas últimas décadas do século passado e te conta o que aconteceu com cada uma delas. Boa volta ao tempo! E boas compras.

Rogerio Montenegro/Divulgação

Não tem como falar de lojas de departamento dos anos 1980 sem citar a Mesbla, a líder do mercado por décadas. Inaugurada em 1912 no Rio de Janeiro, a rede foi, pelo menos nas primeiras décadas do século passado, a maior varejista do país.

No seu auge, por volta dos anos 1980, chegou a ter 180 pontos de venda e depósitos pelo país, com lojas icônicas e enormes em vários Estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul e, claro, Rio de Janeiro.

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Nas unidades, era comum ouvir os funcionários dizerem que por lá, vendiam quase tudo. “Só não vendemos caixão”, brincavam. Tinha eletrodomésticos, roupas, máquinas e roupas de cama. Em 1986, foi eleita a empresa do ano pela EXAME.

Em 1995, a Mesbla entrou em concordata, que era o instrumento de recuperação existente à época, hoje atualizado para recuperação judicial. O processo durou dois anos.

Rogério Carneiro/Reprodução

Em 1997, foi vendida ao empresário Ricardo Mansur, que tentou dar sobrevida à empresa, focando na queda dos preços e focando em classes mais baixas. Mas não deu certo. A empresa faliu em 1999.

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Um ano depois da Mesbla nascer no Rio de Janeiro, nascia em São Paulo sua principal concorrente, a Mappin. A marca virou uma referência no varejo brasileiro durante praticamente todo o século 20 e trouxe várias novidades para o mercado brasileiro.

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Assim como a Mesbla, ficou conhecida por suas lojas icônicas. A maior delas foi inaugurada em 1939 na Praça Ramos de Azevedo, na capital paulista.

Acervo/Exame

Nos anos 1980, chegou ao seu auge, chegando a ultrapassar, inclusive, concorrentes como a Mesbla. Em 1983, foi reconhecida como uma das principais empresas de varejo da década pela EXAME.

Os problemas financeiros, porém, seguiram um ritmo parecido ao da rival. No início dos anos 1990, a empresa comprou a Sears, outra importante rede da época.

Sergio Berezovsky/

Em 1996, a empresa foi vendida para o empresário Ricardo Mansur, que viria a comprar, no ano seguinte, também a Mesbla. O executivo trabalhou para transformar o modelo de negócio da empresa em franquia, mas não deu certo. A empresa entrou em falência em 1999.

Em 2010, a Rede Marabraz adquiriu, em leilão público, os direitos para usar a marca Mappin por 5 milhões de reais. A partir daí, lançou um e-commerce, que funciona até hoje.

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Outra loja que bombava muito nos anos 1970 e 1980 era a Lojas Arapuã, uma das maiores redes de varejo do país. A empresa chegou a ter mais de 220 lojas espalhadas pelo Brasil, vendendo, majoritariamente, eletrodomésticos.

Em 1996, quando outras varejistas já enfrentavam crises, a Arapuã chegou a bater um faturamento bilionário de 2,2 bilhões de reais, conforme noticiou a EXAME na época. O lucro líquido atingiu 119 milhões de reais.

Em 1998, a empresa entrou em concordata, instrumento semelhante ao que é hoje a recuperação judicial. A partir do acordo, tentou reestruturar o negócio, aumentando o portfólio de produtos. Mas não conseguiu voltar a se equilibrar economicamente.

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