21 de outubro de 2024 às 13:41
A Akmey, uma empresa catarinense do setor têxtil, recentemente protagonizou uma transação incomum no mercado de venture capital: o fundo KPTL, que havia investido na companhia em 2015, decidiu vender sua participação de volta para a família fundadora
A movimentação é algo raro em um setor em que, normalmente, essas saídas ocorrem através da venda para grandes corporações ou compradores estratégicos
A empresa originalmente de Gaspar (SC) começou na década de 90 e hoje fatura cerca de US$ 100 mi anuais. Com foco em sustentabilidade, ela usa enzimas para melhorar os processos em uma das indústrias mais poluentes do mundo, a têxtil
Fernando Aragão e a esposa Marli fundaram a Akmey em 2003. O nome da empresa vem da junção dos nomes dos três filhos mais velhos na língua japonesa: Akyra, Massaru e Eity
Em 2015, o Fundo Fima (Fundo de Inovação em Meio Ambiente) da KPTL se interessou pela forma como a Akmey utiliza proteínas para deixar os tecidos mais suaves
No algodão, por exemplo, as enzimas ajudam a degradar partes da fibra. Isso deixa o tecido com uma superfície mais lisa e macia ao toque, além de melhorar o brilho e a aparência.
A decisão da KPTL de revender sua participação à família fundadora foi motivada pelo sucesso da empresa, que hoje fatura cerca de US$ 100 milhões. "A família conseguia nos comprar de volta", disse Bruno Profeta, um dos representantes do fundo
Desde o investimento em 2015, a Akmey cresceu seis vezes em termos de valorização. "A Akmey mudou de patamar e agora tem total capacidade de crescer sozinha, sem necessidade de investidor".