Negócios

Ele vendia maionese por US$ 10. Três anos depois, o negócio já era bilionário

Daniel Giussani

9 de maio de 2025 às 14:59

O mercado de alimentos saudáveis vive um boom — mas, em 2015, lançar uma maionese a 10 dólares, numa época que o setor vendia a 3 ou 4 dólares, parecia loucura.

Phillip Faraone/Getty Images

Mark Sisson decidiu ignorar os especialistas e seguir sua intuição. A maionese da Primal Kitchen, feita com óleo de abacate e sem aditivos artificiais, estreou como um experimento e acabou se tornando um negócio de 200 milhões de dólares em apenas três anos.

Thinkstock/

Sisson era conhecido no nicho de nutrição e bem-estar. Seu blog, o Mark’s Daily Apple, atraía 3,5 milhões de visitantes mensais. Ele já tinha um negócio de suplementos, a Primal Nutrition, e uma audiência fiel. Mesmo assim, sua entrada no mercado de condimentos foi uma aposta.

Em 2018, três anos depois, a Kraft Heinz comprou a Primal Kitchen por cerca de 200 milhões de dólares. Foi uma tentativa de reagir à perda de valor da gigante de alimentos, que buscava se reposicionar diante da demanda crescente por produtos mais saudáveis.

“Embora nosso crescimento tenha superado todos os padrões da indústria, nossa parceria com uma empresa como a Kraft Heinz oferece uma oportunidade única de alcançar milhões de consumidores que procuram produtos como os nossos há anos”, disse Sisson ao jornal britânico FT.

Phillip Faraone/Getty Images

Sisson passou mais de uma década construindo autoridade no universo da alimentação saudável antes de ter qualquer produto à venda.

A aquisição da Primal Kitchen aconteceu num momento delicado para a Kraft Heinz. Após o fracasso na tentativa de comprar a Unilever por US$ 143 bilhões em 2017, a empresa viu seu valor de mercado desabar. Apostar em marcas menores e autênticas virou parte da nova estratégia.