Negócios

Ele penhorou o apartamento para salvar a empresa e hoje fatura R$ 380 milhões

Laura Pancini

13 de fevereiro de 2025 às 10:45

Fundada em 2007 em Brasília, o grupo NTSEC se especializou em segurança da informação, oferecendo consultoria, softwares e equipamentos para proteger dados e infraestrutura de organizações públicas e privadas

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O brasiliense Bruno Nóbrega iniciou a carreira na tecnologia de forma pouco convencional. Antes de fundar a Ntsec, trabalhou montando computadores e deu seus primeiros passos no setor no Banco Mundial

Os primeiros anos da empresa foram desafiadores. Sem um nome consolidado no mercado, Bruno acumulava funções: negociava contratos e, ao mesmo tempo, fazia as implementações

Em um dos primeiros grandes projetos, fechou um contrato para migração de antivírus em uma universidade e, ao chegar para a instalação, o cliente se surpreendeu: “Mas você não era o Bruno com quem eu negociei?”, perguntou a diretora. “Sim, sou eu mesmo”, respondeu o CEO.

Getty/Getty Images

Para crescer, a Ntsec precisou correr riscos. Quando começou a fechar grandes contratos, os distribuidores limitaram o crédito da empresa, exigindo garantias. A solução encontrada foi penhorar o próprio apartamento onde Bruno morava com a esposa e os filhos

“Assinei o documento e segui em frente. Não me arrependo de nada”, relembra

Envato Divulgação/

Hoje, a Ntsec é grupo e se consolidou como uma “butique de segurança da informação”, atuando como integradora de tecnologia. Isso significa que a empresa representa fabricantes globais e monta produtos personalizados para cada cliente

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No último ano, registrou um faturamento de R$ 380 milhões. A receita líquida de 2023 chegou a R$ 180 milhões, um avanço de 100,56% em relação ao ano anterior. Isso a levou ao 5º lugar no ranking EXAME Negócios em Expansão 2024.

Ele penhorou o apartamento para salvar a empresa e hoje fatura R$ 380 milhões