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Da infância sem luz à receita de R$ 100 milhões, o paranaense que popularizou a cama box no Brasil

Daniel Giussani

7 de março de 2024 às 12:10

MGA Moveleira/Divulgação

Quando era criança no interior do Paraná, há 60 anos, o empresário Gilberto Manteiga dificilmente conseguiria pensar que trabalharia e faria dinheiro com algo em que deitava diariamente: sua cama.

A verdade é que deitava tão cansado nela, que talvez nem conseguisse pensar muito em nada. Trabalhando no campo, pedalava sempre seis quilômetros de bicicleta para ir à escola -- e outros seis para voltar. Chegava em casa, naturalmente, exausto.

“Vivi 14 anos sem energia elétrica, sem botina, de pé descalço, trabalhei bastante no campo”, diz Manteiga.

Rebecca Crepaldi/Exame

A energia veio com a mudança da família para São Paulo. Com 14 anos, o menino chegou à capital paulista para trabalhar durante o dia numa marcenaria, e estudar à noite.

Com as camas box se popularizando, Manteiga percebeu que, se fizesse também os colchões, poderia vender tudo diretamente para os lojistas.

Foi quando entraram, também, neste setor. Mas a receptividade ficou aquém do esperado. Foi então que, em 2010, decidiu abrir uma própria marca de venda de colchões, a Prohouse.

Atualmente, a Prohouse tem 63 lojas e encerrou 2023 faturando 70 milhões de reais. A meta para 2024 é atingir os primeiros 100 milhões de reais em receita com a rede de colchões.

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