9 de março de 2024 às 16:23
No efervescente cenário dos anos 1980, marcas icônicas de refrigerantes conquistaram o paladar e o coração dos consumidores. Eram produtos que seguem na memória olfativa (e afetiva) de muita gente até hoje.
Entre elas, a Crush, que por muito tempo rivalizou com a Fanta, e sua essência de cascas de laranja, e a Gini, produzida pela Pakera, com o aroma do limão.
E quem não se lembra do marcante slogan "Quem bebe Grapette repete"? Com sabor de uva, a Grapette conquistou o público brasileiro em 1948, através da Companhia de Refrigerantes Guanabara.
Durante muito tempo a Crush foi considerada a maior rival da Fanta, uma das principais marcas da Coca-Cola.
No Brasil, a marca funcionava num modelo comum dos anos 1970: havia uma licença, como franquia, e várias empresas produziam a bebida pelo país.
A Crush deixou de ser produzida no Brasil nos anos 1990, quando as licenças da marca não foram renovadas. No início dos anos 2010, a Coca-Cola adquiriu a licença e voltou a produzi-la, numa edição limitada no país.
Assim como a Crush, a Pakera também produzia outro refrigerante conhecido no Brasil nos anos 1970 e 1980: o Gini.
Se a Crush focava na laranja, a Gini olhava para outra fruta: o limão. Assim como a Crush, a empresa parou de produzir a bebida no país nos anos de 1990.
Fora daqui, a Gini segue funcionando. A marca foi criada em 1971 pela Perrier e adquirida pela Cadbury Schweppes em 1989.
Hoje, no Brasil, a Schweppes segue funcionando -- e com um gosto semelhante ao da Gini. Atualmente, a Gini é fabricada pela Suntory. Segue bem conhecida na França.
"Quem bebe Grapette repete". O famoso slogan reflete um sucesso das bebidas gaseificadas do século passado.
Em 1930, o químico americano, Benjamin Tyndle Fooks, elaborou uma fórmula de bebida gaseificada com sabor de uva à qual deu o nome de Grapette.
Após a Segunda Guerra Mundial, Fooks finalmente chegou ao sabor especial que tanto buscava e Grapette foi sucesso imediato nos Estados Unidos, tendo conquistado um grande número de consumidores naquele país.
No Brasil, chegou em 1948, por meio da Companhia de Refrigerantes Guanabara, do Rio de Janeiro. Por aqui, a bebida repeitu o sucesso dos Estados Unidos e várias franquias e distribuidoras foram abertas nacionalmente.
Em 1973, a Saborama Sabores e Concentrados para Bebidas passou a ser a detentora da marca e formulação em todo o território nacional. Também lançou os sabores framboesa, uva verde e a versão dietética do refrigerante. A marca segue funcionando até hoje.
Voltando a falar de refrigerantes de laranja, a Mirinda foi uma das estrelas dos anos 1980 e 1990.
A marca surgiu em 1959, na Espanha, e foi comprada pela PepsiCo em 1970. Começou a ser vendida nos países árabes ao final da década de 1970.
No Brasil, o Mirinda sabor laranja foi comercializado até cerca de 1998, sendo gradativamente retirado do mercado e substituído pela Sukita, que se tornou a aposta da Ambev para o mercado brasileiro.
A 7Up é uma marca de refrigerante criada em 1929. A história da 7Up remonta a St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos.
No Brasil, a 7up deixou de ser distribuída em 1997, devido à baixa receptividade. A bebida foi relançada apenas do Rio Grande do Sul, sob o nome de Teem. Modificada e com doses menores de sabor de limão, sua fórmula resultou na bebida H2OH!, lançada no Brasil em 2006.
Inspirado na tribo Barés da Amazonas, o refrigerante Baré surgiu nos anos 1960 em Manaus, no Amazonas.
Nacionalmente, segundo o blog Viva os Anos 80, a bebida se popularizou durante os anos de 1980, com o lançamento de sabores tutti-frutti e noz-de-cola.
À época, a Baré era fabricada pela Antárctica. Hoje, pertence à Ambev. A transferência de dono aconteceu quando houve a fusão entre a Companhia Antarctica Paulista e a Companhia Cervejaria Brahma, em 2000.
Logo na sequência, a bebida começou a desaparecer de algumas prateleiras, mas até hoje é comercializada no Amazonas.
Itubaína é uma marca de refrigerantes de tubaína da Heineken Brasil.
Ela foi criada em 1954 em São Paulo, com o objetivo de oferecer uma alternativa aos refrigerantes estrangeiros que dominavam o mercado na época.
À época, pertencia à Schincariol, mais tarde renomeada para Brasil Kirin, com o sabor tutti-frutti. Depois, também criaram o sabor maçã e guaraná. A marca funciona até hoje.