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Baú da Felicidade: o que aconteceu com a empresa que começou o império de Silvio Santos

Daniel Giussani

19 de agosto de 2024 às 14:46

Primeira empresa de Silvio Santos, o Baú da Felicidade foi um sucesso entre os anos 1960 e 1990 e ajudou a colocar o apresentador, morto no último sábado, 17, na lista de homens mais ricos do Brasil.

Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM/Divulgação

O Baú da Felicidade teve sua origem por meio das ideias de uma dupla de alemães no final da década de 50, cuja proposta era que as pessoas pagassem parcelas de um carnê durante o ano todo, e no mês de dezembro retirassem um baú de mercadorias – o Baú de Natal – com brinquedos

Na época, Manoel da Nóbrega foi chamado para ser o garoto-propaganda do projeto. Um tempo depois, ele assumiu o comando da empresa. Em 1958, chamou seu amigo Silvio Santos para ajudar na empreeitada

SBT/Reprodução

Silvio se envolveu com o negócio e viu que se o Baú fosse bem administrado, a empresa se tornaria um grande negócio. A situação foi estabilizada, Manoel percebeu o empenho de Silvio e deu o Baú de presente para o amigo

Reprodução/

Silvio Santos, que na época fazia shows em circos, aproveitava para vender os carnês nos espetáculos, e por consequência da divulgação nos shows a empresa ficou conhecida em todos os bairros de São Paulo. Depois, passou a fazer isso também na televisão

Conforme a carreira de Silvo crescia na televisão brasileira, a empresa Baú da Felicidade crescia também. A empresa chegou a ser a 101º empresa brasileira em 1973 no ranking das empresas mais importantes do país, e entre 1974 a 1976 já contava com 51 lojas fixas

Wikimedia Commons/

Em 1994 o Baú ganhou o primeiro programa exclusivo para seus clientes - o Tentação - no canal SBT. A atração tornou o Baú da Felicidade ainda mais interessante para seus clientes, fomentando suas vendas

Com a facilitação do sistema de crediário que o Brasil adotou a partir dos anos 90, a forma de pagamento antecipado ou a espera da sorte oferecida pelo Baú já não era mais tão atraente aos consumidores. A popularização do cartão de crédito também contribuiu para este cenário

O carnê começou a ser desativado no ano de 2007, começando pela desativação da rede de representantes, chegando em 2010 a ter apenas 700 carnês ativos. O foco ficou nas lojas físicas, mas que também perderam forças e foram vendidas para o Magazine Luiza por 83 milhões de reais

Jequiti/Divulgação

Em 2015, o Grupo Silvio Santos voltou com o Baú da Felicidade, mas desta vez atrelado ao Jequiti. Quem comprasse o carnê, pagando 12 parcelas de dez reais, poderia resgatar, no final do ano, o valor em produtos da Jequiti. Este sistema funciona até hoje.

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