6 de fevereiro de 2024 às 14:00
O município de Santa Rita do Sapucaí, com 40.000 habitantes, tem oito aplicativos de corrida - Uber e 99 não entram na conta.
Todos os apps foram criados por motoristas locais e sem grandes - ou pequenos - fundos de investimento por trás. São retratos do empreendedorismo raiz e reúnem todos os seus temperos: a busca por autonomia, a vontade de crescer, os perrengues diários e disputas.
A cidade é conhecida como “Vale da Eletrônica” por reunir diversos centros de educação em tecnologia e incubadoras. De acordo com dados da prefeitura, o município conta com mais de 150 empresas, entre 50 startups, que movimentam mais de 3,2 bilhões de reais anualmente.
Um dos apps é a Klick: Há quase 4 anos, Kennedy, Marcelo Ladeira, Demerval Teixeira e um quarto sócio, já fora do negócio, investiram 6.000 reais para criar a startup. A operação tem um modelo diferente, sem a cobrança de taxas por corrida.
A opção é por mensalidade, com valores entre R$ 150 e R$ 200. “Essa mensalidade que eles pagam cobrem custos com propaganda, com contador com, toda a parte legal. Então, não tiramos dinheiro do bolso para manter o negócio”, afirma o empreendedor.
Assim como quase todos os outros fundadores de aplicativos em Santa Rita, ele continua com a mão no volante. Nas trocas de mensagens para organizar as entrevistas, muitas das respostas vieram em áudios e, ao fundo, o barulho característico dos carros em movimento.
“Ter o app não mudou nada para mim, eu saio de casa, logo, pego corrida, paro para conversar com os amigos”, afirma José Daniel Batista, cofundador da Tchepcar.
A cidade é conhecida como “Vale da Eletrônica” por reunir diversos centros de educação em tecnologia e incubadoras. De acordo com dados da prefeitura, o município conta com mais de 150 empresas, entre 50 startups, que movimentam mais de 3,2 bilhões de reais anualmente.