22 de junho de 2025 às 16:23
A crise atual entre Estados Unidos e Irã lembra outro confronto do país, contra o Iraque, que começou em 2003 e teve um final difícil.
Naquele ano, autoridades americanas acusaram o Iraque, comandado por Saddam Hussein, de possuir armas de destruição em massa, e invadiram o país para destruí-las. Agora, 12 anos depois, os EUA acusam o Irã, vizinho do Iraque, de buscar uma arma nuclear.
Apesar da razão similar, há muitas diferenças entre os dois casos. Em 2003, os Estados Unidos estavam em meio à chamada Guerra ao Terror, como resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Logo após os atentados, o país invadiu o Afeganistão e derrubou o Talibã
A tomada rápida do Afeganistão levou o governo do presidente George W. Bush a avaliar que poderia invadir outros países do Oriente Médio com facilidade, e Saddam Hussein virou alvo também por seu histórico.
Em 1991, ele havia invadido o Kuwait, e os EUA lutaram a Guerra do Golfo para libertar o país. Na época, no entanto, os americanos não avançaram até Bagdá para derrubar o governo de Saddam, que seguiu no poder.
No caso do Iraque, os EUA buscaram uma ação coordenada com outros países da Otan, a aliança militar do Atlântico Norte, e apostaram em uma invasão completa, para derrubar o governo, pacificar o país e depois tentar instalar uma democracia.
Na crise atual, os americanos estão agindo apenas em coordenação com Israel. Aliados europeus não participaram dos ataques e têm defendido uma saída diplomática para a crise.