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EUA e Argentina dizem que oposição venceu Maduro na Venezuela

Luiz Anversa

2 de agosto de 2024 às 17:01

Rodrigo Oropeza/Getty Images

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na noite da quinta-feira, 1, que Edmundo González venceu as eleições na Venezuela.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apontou Nicolás Maduro como vencedor do último domingo, 28. A oposição alega fraude do órgão, controlado pelo chavismo.

Ronald PEÑA/AFP

González é o candidato da Plataforma Democrática Unitária (PUD), coaligação de oposição a Maduro, atual presidente e que buscava a reeleição para um terceiro mandato.

Tiziana Fabi/AFP

Na sexta, o governo argentino, capitaneado por Javier Milei, também reconheceu Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, afirmou a chanceler Diana Mondino na rede X.

"Todos podemos confirmar, sem nenhuma dúvida, que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González", indicou Mondino, em linha com um pronunciamento similar ao do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken

Elijah-Lovkoff/Getty Images

Horas depois da mensagem de Mondino nas redes sociais, a chancelaria argentina emitiu um comunicado no qual disse que o governo de Javier Milei "segue com extrema atenção e preocupação os acontecimentos na Venezuela para se pronunciar de forma definitiva" sobre o tema.

"A República Argentina foi um dos primeiros países a rejeitar e não reconhecer o resultado da eleição presidencial venezuelana em 28 de julho. As evidências coletadas até o momento não fizeram mais que confirmar essa posição", acrescentou o comunicado.

Cris BOURONCLE/AFP

Outros países sul-americanos, como o Peru, também reconheceram a oposição como vitoriosa. Na terça, 30, o ministro das Relações Exteriores do Peru, Javier González-Olaechea, afirmou publicamente isso.

Em nota conjunta, Brasil, México e Colômbia exigiram que autoridades da Venezuela avancem com rapidez na divulgação das atas eleitorais e permitam "uma verificação imparcial dos resultados" das eleições presidenciais de 28 de julho.

Leandro Fonseca/Exame

Por outro lado, Rússia e China reconheceram a vitória de Maduro. Os países têm relações diplomáticas estreitas e funcionam como garantidores, na comunidade internacional, da administração chavista na Venezuela.

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