5 de agosto de 2025 às 20:49
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira, 5 de agosto, os primeiros países cujos cidadãos terão que pagar uma caução de US$ 15 mil (aproximadamente R$ 82 mil) para obter vistos de trabalho e turismo.
De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, até o momento, apenas Zâmbia e Malaui estão incluídos na exigência, mas o governo de Donald Trump informou que pretende expandir a lista de nações sujeitas ao pagamento da caução.
O Brasil, por sua vez, não faz parte da lista inicial, e ainda não há informações sobre sua possível inclusão no programa.
A medida foi divulgada na última segunda-feira e faz parte de um programa piloto cujo objetivo, segundo as autoridades americanas, é evitar que cidadãos estrangeiros que entrem no país com vistos de turismo ou negócios permaneçam ilegalmente nos EUA.
Pelas novas regras, o visitante só poderá reaver a caução após deixar os Estados Unidos dentro do prazo estipulado pelo visto. O programa entrará em vigor em duas semanas.[
O Departamento de Estado informou que o teste terá duração de 12 meses e atingirá aqueles que solicitarem os vistos B-1, destinados a atividades comerciais temporárias, como reuniões e conferências, e B-2, voltados para turismo, lazer ou tratamento médico.
A medida se aplicará a cidadãos de países com “altas taxas de permanência ilegal e onde as informações de triagem e verificação são consideradas deficientes”, de acordo com o Departamento de Estado.
“O Departamento anunciará os países abrangidos pelo Travel.State.Gov com pelo menos 15 dias de antecedência da entrada em vigor do programa piloto, e esta lista pode ser alterada ao longo do piloto, com 15 dias entre o anúncio e a promulgação”, explicou a pasta.
A partir de 20 de agosto, os agentes consulares terão três opções de valores a serem exigidos aos requerentes de visto: US$ 5.000, US$ 10.000 ou US$ 15.000. No entanto, a expectativa é que, de forma geral, a exigência mínima seja de US$ 10.000, conforme comunicado oficial.