9 de junho de 2025 às 16:31
Manifestantes saíram no domingo, 8, às ruas de Los Angeles pelo terceiro dia consecutivo em protesto contra as operações do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês), contra imigrantes irregulares.
Em reação, o presidente Donald Trump convocou 2 mil soldados da Guarda Nacional para conter os protestos, algo questionado pelo governador da Califórnia.
No sábado, Trump disse a repórteres que havia advertido o governador da Califórnia para “tomar conta” da situação em Los Angeles ou enviaria a Guarda Nacional.
Gavin Newsom, governador da Califórnia, classificou a decisão como “deliberadamente inflamatória”.
A Guarda Nacional é uma força reserva das Forças Armadas dos Estados Unidos, normalmente operando ao nível estadual.
Normalmente, ela é convocada pelo governador, mas Trump usou uma disposição legal pouco utilizada para federalizar a tropa, sem a concordância do estado.
Críticos apontam que a manobra usada pela Casa Branca extrapola os poderes presidenciais e acendem o alerta para o risco de escalada autoritária, uma vez que o uso de uma força militar em ações do tipo dentro do território americano é raro.
Trump acusou os manifestantes de atacarem agentes do ICE e disse ter instruído a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e a secretária de Justiça, Pam Bondi, a “tomarem todas as medidas necessárias para pôr fim a esses distúrbios".
"Multidões violentas e insurrecionistas estão se aglomerando e atacando nossos agentes federais para tentar impedir nossas operações de deportação", escreveu ele. "A ordem será restaurada, os ilegais serão expulsos e Los Angeles será libertada."