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Crise entre Canadá e Índia: diplomatas expulsos e acusações; entenda o caso

AFP

15 de outubro de 2024 às 11:18

Patrick Doyle/Reuters

O primeiro-ministro da Canadá, Justin Trudeau, disse nesta segunda-feira, 14, que a Índia cometeu "um erro fundamental" ao atacar os canadenses no caso do assassinato de um separatista sikh em Vancouver no ano passado, que levou ambos os países a expulsarem seus embaixadores.

"O governo da Índia cometeu um erro fundamental ao pensar que poderia apoiar atividades criminosas contra canadenses [...] sejam assassinatos, extorsão ou outros atos violentos", disse Trudeau a jornalistas em Ottawa.

Arun Sankar/AFP

Canadá e Índia expulsaram mutuamente seus embaixadores nesta segunda-feira depois que Nova Délhi declarou que seu enviado foi citado como "pessoa de interesse" em uma investigação sobre o assassinato no ano passado de um dirigente separatista sikh.

Dave Chan/AFP

A Índia indicou que retirava seu embaixador e outros cinco diplomatas do Canadá por causa dessa investigação. Déli defendeu seu Alto Comissário Sanjay Kumar Verma e sua "distinta carreira de 36 anos".

A ministra de Relações Exteriores canadense, Mélanie Joly, confirmou, no entanto, que os diplomatas foram expulsos e não retirados. A decisão foi tomada por "numerosas provas, claras e concretas que permitem identificar seis pessoas de interesse no caso Nijjar".

DON MACKINNON/AFP /Getty Images

O assassinato em 2023 do cidadão canadense Hardeep Singh Nijjar azedou as relações entre os dois países. Nijjar, que emigrou ao Canadá em 1997 e se tornou cidadão canadense em 2015, defendia declarar parte da Índia como um estado sikh independente, conhecido como Calistão.

O primeiro-ministro canadense afirmou anteriormente que havia "acusações críveis" que vinculam a inteligência indiana com o crime cometido em Vancouver.

Por sua vez, a Índia decidiu expulsar o alto comissário em funções de Ottawa, Stewart Wheeler, seu adjunto e quatro secretários, ordenando-os a deixar o país até o próximo dia 19.