3 de setembro de 2024 às 17:25
Um buraco gigante na Sibéria tem chamado a atenção de cientistas. As fotos do espaço mostram que ele está crescendo rapidamente, segundo o Business Insider.
Ele se assemelha a uma arraia, um caranguejo-ferradura ou um girino gigante. Começou como uma lasca, quase invisível em imagens de satélite da década de 1960. O buraco triplicou de tamanho entre 1991 e 2018, de acordo com o US Geological Survey.
A cratera Batagay, às vezes chamada de Batagaika ou "porta de entrada para o inferno", representa um problema muito maior, muitas vezes invisível, que afeta todo o planeta.
O Ártico está esquentando mais rápido do que o resto da Terra, e isso está descongelando rapidamente o permafrost, que é uma camada espessa de solo permanentemente congelado — pelo menos costumava ser.
O buraco não é realmente uma cratera, mas sim o maior "degelo retrógrado" do mundo, um poço que se forma quando o degelo do permafrost faz com que o solo desmorone, criando um deslizamento de terra.
À medida que o permafrost derrete, todas as plantas e animais mortos que ficaram congelados dentro dele por séculos começam a se decompor, expelindo dióxido de carbono e metano na atmosfera.
Um estudo estimou que o degelo do permafrost poderia emitir tantos gases quanto uma grande nação industrial até 2100 se as indústrias e os países não controlassem agressivamente suas próprias emissões hoje.
Pesquisadores calculam que o degelo libera cerca de 4.000 a 5.000 toneladas de carbono a cada ano. Isso é quase o mesmo que as emissões anuais do uso de energia de 1.700 a 2.100 residências nos EUA.
Resumindo: o degelo do permafrost poderia rapidamente piorar muito a crise climática. Mas ainda é um processo misterioso. Estudar locais extremos pode ajudar os cientistas a entender o degelo do permafrost e a ver o futuro.