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As superbombas fura-bunker de 13 toneladas dos EUA usadas pela 1ª vez no ataque ao Irã

Natalia Viri

22 de junho de 2025 às 16:44

Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images /AFP

No ataque realizado no sábado contra instalações militares e nucleares do Irã, os Estados Unidos utilizaram um arsenal de alta precisão e potência.

Entre os armamentos empregados, estavam 30 mísseis de cruzeiro Tomahawk e entre 14 bombas anti-bunker — super armas projetadas especificamente para destruir alvos subterrâneos.

AFP PHOTO / US AIR FORCE /AFP

O termo bunker buster se refere a bombas capazes de penetrar profundamente no solo ou em fortificações de concreto antes de explodir. Essas armas são usadas para destruir bunkers, centros de comando subterrâneos ou instalações de armas de destruição em massa.

A mais poderosa de todas é a GBU-57 MOP (Massive Ordnance Penetrator), desenvolvida pelos Estados Unidos. Pesando cerca de 13,6 toneladas e com seis metros de comprimento, a MOP é a maior bomba guiada de precisão do mundo.

ROBERTO SCHMIDT/AFP

Segundo a Força Aérea dos EUA, foi projetada explicitamente para “destruir armas de destruição em massa localizadas em instalações fortemente protegidas”. Apesar de já estar disponível há anos, nunca havia sido usada em combate antes.

A GBU-57 é capaz de penetrar até 61 metros de concreto ou rocha antes de explodir. Mesmo que partes de Fordo estejam ainda mais profundas, a bomba pode ser lançada repetidamente sobre o mesmo ponto, ampliando sua profundidade com cada detonação sucessiva.

As bunker busters começaram a ser desenvolvidas pelos Estados Unidos no início dos anos 1990, durante a Guerra do Golfo, em resposta à necessidade de atingir bunkers subterrâneos usados pelo regime de Saddam Hussein no Iraque.

dangutsu/Site Exame

A primeira versão notável foi a GBU-28, criada em tempo recorde (menos de um mês) em 1991, com componentes de outras bombas e tubos de canhão reaproveitados. Ela foi usada com sucesso nos últimos dias da guerra para destruir centros de comando enterrados.

Mais tarde, com o avanço das tecnologias de defesa subterrânea — como no caso das instalações nucleares do Irã e da Coreia do Norte —, os EUA desenvolveram bombas ainda mais potentes. A GBU-57 MOP (Massive Ordnance Penetrator) começou a ser desenvolvida em 2000.

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