22 de fevereiro de 2025 às 18:55
"Não estou tão informada sobre a eleição da Alemanha quanto gostaria", diz Sophi, 18 anos, ao ouvir um pedido de entrevista da reportagem da EXAME.
Ela disse que sabe que não votará na AfD, o partido alemão de extrema-direita que está em segundo lugar nas pesquisas, mas que vários de seus amigos mais jovens têm demonstrado interesse no partido.
"Eles recebem muito conteúdo deles pelas redes sociais, como o TikTok. Acham que é um partido diferente dos outros", conta.
A Alemanha vai às urnas neste domingo, 23, escolher um novo governo em um cenário desafiador, tanto do lado interno quanto externo.
A economia vive seu pior momento desde a crise de 2008, com uma recessão que já dura dois anos.
A economia encolheu 0,3% em 2023 e deve fechar 2024 com crescimento de 0%, segundo o FMI. Para 2025, o Fundo estima alta modesta, de 0,3%.
Em paralelo, a inflação disparou, a 8% em 2022, 6% em 2023 e 2,4% em 2024, o que também contribui para o mal-estar dos alemães com o governo. Assim como no Brasil, o preço da comida impacto na insatisfação política.
O candidato considerado favorito na disputa, Friedrich Merz (CDU) incluiu a proposta de endurecer as regras de imigração em sua campanha e tem buscado apostar na figura de linha-dura.