Mercado Imobiliário

FIIs de agências bancárias ainda fazem sentido? Com algumas mudanças, essas gestoras apostam que sim

Letícia Furlan

16 de junho de 2025 às 15:21

Caixa/Divulgação

Em meados de março, o RBVA11, fundo imobiliário da Rio Bravo, vendeu um imóvel que estava alugado para Caixa na zona central de São Paulo.

A transação foi relativamente pequena, de R$ 9,4 milhões, mas coroa uma mudança mais profunda que vem acontecendo na classe que ajudou a popularizar os FIIs: os fundos voltados para agências bancárias.

O imóvel que era locado ao banco foi vendido para uma pessoa física – e com isso, a Caixa deixou de ser a maior locatária do RBVA11. Hoje, nenhum inquilino representa mais de 25% da receita contratada do fundo.

“O RBVA11 nasceu como um fundo 100% de agência, e agora deixa de ter um banco como principal inquilino, isso é muito significativo”, afirma Alexandre Rodrigues, gestor do fundo e sócio da Rio Bravo Investimentos

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Lançado em 2012, o fundo da Rio Bravo nasceu junto com outro emblemático do Banco do Brasil, o BBPO11, que se tornou uma febre entre os investidores à época.

A operação consistia num sale and leaseback de mais de 60 agências do banco estatal, que vendeu os imóveis para passar a alugá-los por meio de contratos de longo prazo.

A categoria de fundos imobiliários, que tinha começado pouco menos de 20 anos antes principalmente voltada aos investidores institucionais, começava a ganhar tração com o investidor de varejo.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A associação com a solidez do banco, o balcão de distribuição do BB e as características do contrato ajudaram a atrair o grande público.

“Foi a maior oferta de um fundo imobiliário de uma vez só. A Bolsa tinha cerca de 30 ou 40 mil investidores pessoa física e ultrapassou 100 mil com o TVRI11. Foi um marco muito relevante”, diz Adriano Mantesso, líder de mercado imobiliário na Tivio sobre o fundo.

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