15 de julho de 2025 às 10:09
O mercado de lajes corporativas de alto padrão em São Paulo segue em trajetória de recuperação em 2025. No segundo trimestre, a absorção líquida totalizou 22.490 metros quadrados, segundo levantamento da Cushman & Wakefield divulgado com exclusividade pela Exame.
A região de Pinheiros foi a grande responsável pelo desempenho positivo, com 9.304 metros quadrados absorvidos, revertendo o resultado negativo do trimestre anterior.
Berrini (7.950 metros quadrados) e Chucri Zaidan (5.319 metros quadrados) também apresentaram crescimento relevante.
Em sentido oposto, a Faria Lima registrou retração de 3.373 metros quadrados, o pior desempenho entre os eixos analisados.
O resultado chama atenção por ocorrer na área com maior valor de locação da cidade e pode indicar um movimento de realocação de inquilinos ou maior seletividade frente aos preços elevados.
Alessandro Estevam, gestor de portfólios da Kinea, afirma que regiões como a Faria Lima têm ficado caras e sem espaço. Isso justificaria tamanha concorrência na região de Pinheiros.
A gestora tem 70% de participação no Biosquare, um dos empreendimentos mais icônicos em construção na Rebouças e que terá a Amazon como locatária quando for entregue, no primeiro trimestre de 2026.
“Na minha visão, quem consegue pagar um aluguel tão caro, são empresas do mercado financeiro, como as assets e os grandes bancos, escritórios boutiques, que não precisam de tanto espaço, e os grandes escritórios de advocacia”, afirma.